Terminados oito ciclos de quimioterapia para tratar um câncer metastático no sistema digestivo, os exames feitos nesta quarta-feira, 19, no prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), mostraram resposta “brilhante” e regressão das lesões cancerígenas, sem sinais de tumores em dois dos três locais inicialmente atingidos, segundo informou em entrevista coletiva a equipe do Hospital Sírio-Libanês que atende o prefeito. Entretanto, com gânglios linfáticos apresentando ainda um tamanho incomum, maior do que em órgãos saudáveis, o prefeito teve de fazer nova biópsia e os médicos evitam a palavra “cura”.

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Covas tinha tumores na cárdia (transição do estômago para o esôfago), no fígado e nos linfonodos. Ele foi submetido nesta manhã a uma ressonância, um pet scan e a uma ecoendoscopia, exames que, de acordo com a equipe coordenada pelo infectologista David Uip, não mostraram mais sinais dos tumores.

“Alcançou-se o resultado máximo” previsto pelo tratamento, segundo o oncologista Túlio Pfiffer, que faz parte da equipe. Covas reagiu bem às seis primeiras sessões de químico, mas teve reações às duas últimas, o que era esperado, segundo os médicos.

Entretanto, as análises apontaram que um linfonodo ainda estava em tamanho anormal, por isso foi feita a biópsia. Os resultados só devem sair no meio da semana que vem, pois dependem do tempo de reação dos tecidos aos produtos usados na análise.

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Com os resultados da biópsia, os médicos devem decidir qual será a etapa seguinte do tratamento, que pode incluir uma cirurgia ou uma imunoterapia.

Os médicos evitaram comentar a respeito do futuro político do prefeito, que pretende disputar a reeleição. Covas continua com recomendação de evitar aglomerações, mas sem restrição a trabalhar. “A gente não para o tratamento para discutir política com ele”, disse o oncologista Artur Katz. David Uip disse que a decisão de concorrer ou não é do prefeito. “O que cabe a nós é que ele possa fazer a melhor escolha possível.”

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