Com o retorno das atividades na Câmara Municipal de Curitiba, amanhã, os trabalhos das seis comissões técnicas que analisam os diversos projetos que estão tramitando na Casa de Leis também serão retomados. Nas próximas semanas os 35 vereadores deverão definir os novos presidentes, e no caso de não haver consenso, a escolha será decidida no voto.
As três mais importantes e com maior número de membros são as de Legislação, Justiça e Redação; a de Economia, Finanças e Fiscalização, e a de Serviço Público, cada uma com nove integrantes. As outras, com cinco membros, são as de Educação, Cultura, Bem-Estar Social e Ecologia; Urbanismo e Obras Públicas; Segurança Pública e Defesa da Cidadania.
Estas comissões permanentes passam por mudanças de acordo com a nova proporcionalidade partidária, que ocorreu devido à troca de partidos realizada no último ano, além da eleição de vereadores, que foram substituídos por seus suplentes, nem sempre do mesmo partido. O PSDB permanece como a maior bancada, nove vereadores, e sua proporcionalidade permitirá ocupar onze vagas nas comissões. Em seguida está o PT, com seis vereadores e direito a sete vagas. Depois, vem o PSC com cinco vereadores e seis vagas.
A bancada do PFL, com quatro vereadores, terá cinco vagas, enquanto a do PSB, com três vereadores, quatro vagas. Os dois vereadores do PMDB terão três vagas. O PPB, PTB, PDT e PL, partidos que ficaram com apenas um vereador, terão proporcionalmente uma vaga. O mesmo acontece para os vereadores Jonathas Pirkiel e Antônio Bueno, que iniciam a nova legislatura sem partido.
Acordos
O líder do prefeito na Casa, vereador Rui Hara (PSDB), afirma que normalmente as presidências são definidas através de acordos entre os líderes dos partidos. “Já ficou acordada a proporcionalidade entre os partidos. Definimos que uma presidência ficará com o PT, mas ainda não foi escolhida qual será”, adianta. Quanto ao PSDB, o interesse é pelas comissões mais disputadas. “O partido quer a comissão de Legislação e Justiça e a de Economia, que são as mais importantes e não vamos abrir mão”, diz Hara.
O PT também já resolveu qual presidência pretende obter. “Na reunião realizada na quinta-feira ficou definido que o PT ficará com a comissão de Educação e o indicado será o Nilton Brandão”, conta Adenival Gomes, líder do PT na Câmara. No entanto, esta comissão também interessa ao PSC. “Estamos pleiteando a comissão de Educação pela segunda vez, e agora se houver disputa eu vou brigar por ela”, garante Paulo Frote, líder do PSC na Casa.
Com a redução da bancada do PMDB, por causa da eleição do ano passado, o partido só terá direito a duas vagas, e não deverá disputar nenhuma presidência.