O governo de Minas Gerais divulgou na tarde desta quinta-feira, 25, nota em que contesta o mandado de busca e apreensão executado nesta manhã pela Polícia Federal em escritório que o governador Fernando Pimentel (PT) mantinha na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O mandado foi cumprido dentro da Operação Acrônimo 2, que investiga supostos vínculos financeiros do governador de Minas com o empresário Benedito Oliveira, que atuou em campanhas do PT, preso na primeira fase da Acrônimo, em 29 de maio.
Segundo a nota, “a operação de busca e apreensão pretendida contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e a realizada na manhã desta quinta-feira, 25 de junho, no seu antigo escritório particular, em Belo Horizonte, é a extensão da arbitrariedade cometida anteriormente, quando os policiais estiveram no apartamento de sua esposa, em Brasília”. A mulher de Pimentel, Carolina de Oliveira Pereira, também é investigada pela Polícia Federal.
O texto diz ainda que “com base somente em ilações e deduções fantasiosas, essa investigação prossegue eivada de irregularidades, tanto que os pedidos para a realização de busca e apreensão nas sedes do governo de Minas Gerais, na residência oficial e na residência particular do governador, e ainda em relação a sua esposa, foram negados pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, por considerá-los desarrazoados”.
A nota afirma em seguida ser “importante ressaltar que o órgão competente negou à Polícia Federal o prosseguimento de atos sem base legal e sem fundamentação em fatos que os justificassem. Embora oportunamente impedida, esse tipo de arbitrariedade merece o repúdio da sociedade civil”. O texto ressalta que “o governador e sua esposa reafirmam sua confiança na Justiça e colocam-se, como sempre estiveram, à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento, o que torna desnecessária e abusiva a reiterada tentativa de utilizar esse tipo de medida policial”.
Por fim, o governo afirma na nota que “todas as providências necessárias para assegurar o respeito ao direito individual, à legalidade e à autonomia federativa serão tomados para coibir o abuso e a arbitrariedade na condução do inquérito policial. Resistiremos a qualquer tentativa de impor a Minas Gerais constrangimentos indevidos e antirrepublicanos”.