Briga pela CCJ da Assembléia mais acirrada

A disputa pela presidência da principal comissão permanente da Assembléia Legislativa, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), ganhou mais um candidato. Além dos petistas André Vargas, Tadeu Veneri, Elton Welter e Hermes Fonseca, o deputado reeleito Marcos Isfer (PPS) passou a reivindicar o cargo.

A presidência da CCJ foi reservada para o PT, que possui a maior bancada em plenário – nove deputados. Entretanto, a vaga está carimbada para o deputado Hermes Fonseca, nome considerado de confiança tanto do presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), como do Palácio Iguaçu.

Isfer seria a solução para atender a cúpula da Assembléia e do Palácio se Fonseca perdesse a indicação da bancada petista. A decisão interna da bancada é de submeter a escolha do nome que será apresentado pelo partido à votação entre os nove deputados. Como não há certeza da vitória de Fonseca, a candidatura de Isfer surgiu em boa hora e pode ajudar a resolver o impasse no PT. Fonseca já foi derrotado na bancada pelo deputado Natálio Stica na votação da indicação de um nome do partido para ocupar a 1.ª vice-presidência da Assembléia, na eleição da Mesa Executiva.

O deputado do PPS justifica que a apresentação do seu nome para a presidência da CCJ não guarda relação com a disputa interna do PT ou com os humores da presidência da Assembléia e do governo. De acordo com o deputado, seu partido também participou da aliança do governador Roberto Requião (PMDB) na campanha do segundo turno e merece uma posição de destaque, já que na composição da Mesa Executiva ficou apenas com a 2ª vice-presidência (o cargo foi dado à deputada Arlete Caramês) e teve que ceder a 2ª secretaria para o grupo do deputado Valdir Rossoni (PTB). A vaga foi para Geraldo Cartário (PSL).

A definição sobre a presidência da CCJ somente será formalizada na próxima semana, depois do retorno das sessões da Assembléia. A CCJ é a comissão mais cobiçada pelos deputados porque recebe todos os projetos apresentados ou encaminhados à Casa e emite um parecer sobre a constitucionalidade ou não das matérias.

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