Brasileiro pede seriedade no Congresso

Os brasileiros ouvidos pelo site Congresso em Foco querem que os congressistas e políticos em geral se empenhem, prioritariamente, em melhorar as condições de vida da população. Saúde, educação, segurança pública e trabalho devem ser o centro das atividades parlamentares. Discussões paralelas e ?futricas? ficam para o segundo plano em 2008, o ano que se inicia hoje.

A cozinheira Dinair Oliveira Rodrigues, 53 anos, considera importante a preocupação com a ética e a honestidade dos parlamentares. Mas isso não basta. Para a cozinheira, é pouco. ?Eles têm que trabalhar mais. Lutar pelo povo, contra a desigualdade. São umas coisas básicas como saúde e estudos?, avalia Dinair. Opinião semelhante é a da doutora em demografia e professora da Universidade de Brasília Ana Maria Nogales, de 49 anos. ?Espero que a gente tenha tempo de tratar de assuntos importantes em 2008. Educação, programas de saúde, emprego, e deixar os problemas políticos pequenos, essas mazelas, a corrupção…?, enumera a pesquisadora.

Ana Maria exemplifica esses ?problemas pequenos?: as disputas pessoais entre os parlamentares e a ênfase nos escândalos que envolveram o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). ?Devem deixar de falar mal uns dos outros e trabalharem?, acrescenta Dinair.

O consultor tributário Everardo Maciel, 60 anos, deseja que os congressistas façam as reformas política e fiscal. Ex-secretário da Receita Federal, ele lembra que a última reforma deve tocar em ?questões relevantes? sobre os tributos pagos pelos cidadãos e sobre os gastos públicos do Estado. Maciel espera ainda que deputados e senadores retomem a iniciativa de propor leis e não fiquem reféns das Medidas Provisórias.

O próximo ano também deve incluir a amnésia de certas coisas. ?Os parlamentares devem esquecer a prática lamentável de barganha política em torno de cargos públicos para exercer os seus papéis de legisladores?, prega Maciel.

Para o balconista Rondinelli da Silva, de 25 anos, os políticos têm de estar mais próximos da população. ?Eles tinham que ir mais à comunidade e ver o que é que o pessoal está passando. Precisamos de asfalto, infra-estrutura, saúde e transporte público?, diz. ?Eles recebem o voto e não vão mais lá.? O jovem também defende que os deputados e senadores só trabalhem para o povo que os elegeu. ?Quero que eles esqueçam a corrupção e que nunca mais roubem a gente. Que só trabalhem para nós e não só para eles?, conta Rondinelli.

O procurador do Trabalho Adélio Justino Lucas, de 53 anos, espera ver os parlamentares e políticos em geral empenhados em promover mais oportunidades de emprego para as pessoas, em 2008. ?Espero que valorizem o ser humano, criem postos de trabalho para gerar cidadania ao povo. A geração de trabalho traz uma elevação da auto-estima da pessoa, por ela se tornar mais útil à sociedade.?

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