O candidato derrotado do Psol à Presidência da República e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, disse há pouco que a defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é uma questão democrática.

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“O Lula é um preso político no Brasil. Acho que agora ainda mais, quando começa a ser desmascarados os atores desta condenação injusta e política do Lula”, disse Boulos ao chegar para o ato político que encerrará o encontro de relançamento da Campanha Lula Livre, que acontece desde as primeiras horas deste sábado na sede do Sindicato dos Metroviários, na Zona Leste de São Paulo.

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De acordo com Boulos, o ministro da Justiça Sérgio Moro, “que até outro dia posava de arauto da moralidade e garantidor da República, hoje é um cúmplice do laranjal do PSL, um cúmplice de um governo de milicianos”. “O Daltan Dallagnol, que foi quem organizou todas as acusações contra o Lula na primeira instância, está envolvido em um crime de lesa-pátria, barrado pelo Supremo Tribunal Federal por tentar ter um Estado paralelo, gerir um orçamento paralelo de R$ 2,5 bilhões”, criticou o líder do MTST.

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Segundo ele, “nesse momento, onde também as contradições e os abusos da Lava Jato começam a vir à tona de outras maneiras, é importante reforçar que Lula é um preso político e fazer a luta pela sua libertação”, disse Boulos.

Para ele, os pontos mais importantes da Campanha Lula Livre são as mobilizações que acontecerão por todo o Brasil no dia 7 de abril, data que marca um ano da prisão de Lula, canalizando o sentimento de defesa da liberdade do petista. “E tem o trabalho de diálogo com a população, que são os comitês, é a capilarização dos municípios na campanha e a produção de mais materiais para a campanha”, disse.

Perguntado pelo Broadcast se esse elemento de mobilização de rua e diálogo com a população seria a retomada dos trabalhos de base, Boulos disse que sim. Explicou que um desafio da esquerda hoje é retomar seu trabalho de base, repactuar sua relação com o povo.

“No processo eleitoral ficou claro o que nós já vínhamos dizendo há muito tempo, de que havia uma dificuldade nesta relação, que foi sendo desconstruída com o tempo. Acho que é mais que necessário reconstruir este pacto da esquerda com as periferias.”