O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou, em entrevista publicada pelo site do jornal O Globo, que não teria “nada para fazer” em caso de derrota nas urnas, no intuito, segundo o site, de explicar a frase dita na sexta-feira de que não aceitaria em um resultado das urnas “diferente da minha eleição”. “Sei que não tenho nada para fazer (em caso de derrota). O que quis dizer é que não iria, por exemplo, ligar para o Fernando Haddad depois e cumprimentá-lo por uma vitória”, afirmou, acrescentando que “se tiver segundo turno, vai ser o Haddad que vamos enfrentar”.

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Sobre os protestos que reuniram milhares de pessoas em cidades no Brasil e no exterior, Bolsonaro afirma ter visto “só um certo vulto no Rio de Janeiro e em São Paulo”. “No resto do Brasil, foi um desastre. São apenas minorias contra mim, não existe isso de rejeição de eleitorado feminino ao meu nome”, comentou. O texto do site lembra, contudo, que há uma maior taxa de rejeição da sua candidatura entre as mulheres.

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Quanto aos próximos passos de sua campanha, Bolsonaro afirma querer participar do debate entre os presidenciáveis a ser realizado na próxima quinta-feira pela Rede Globo, mas que o cirurgião Antonio Luiz Macedo deu uma resposta negativa. “O problema é que o debate demora três horas e a equipe médica tem preocupação com isso. Outra complicação é que teria que ficar em pé muito tempo”, disse Bolsonaro, que, contudo, vai insistir com o médico novamente na véspera do evento.