O governador Beto Richa (PSDB) solicitou uma audiência com a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), para conversar sobre os projetos de interesse do Paraná que dependem de recursos da União.
Ontem, antes da abertura da 1ª Sessão Legislativa da 17a. Legislatura, o governador disse que pretende manter uma parceria com o governo federal. Mas no discurso aos deputados, em plenário, Beto afirmou que precisa “fazer valer” os direitos do estado junto ao governo federal.
“Definitivamente, os investimentos federais no Estado precisam ser compatíveis com os impostos recolhidos por empresas e trabalhadores paranaenses”, afirmou Beto, que pediu ao ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que agende um encontro com a presidente da República.
Na mensagem aos deputados, o governador fez críticas à administração anterior do ex-governador e atual senador Roberto Requião (PMDB). Disse que, nos últimos anos, o Paraná perdeu terreno no cenário nacional.
“O Estado desperdiçou oportunidades de investimentos e relaxou na infraestrutura de transporte. Faltou diálogo com a iniciativa privada e o capital produtivo foi tratado com arrogância”, atacou.
Em seguida, Beto retomou o tom conciliador. Disse que reconhecia méritos na gestão anterior. “Mas, para sermos justos nesta retrospectiva, é preciso reconhecer os méritos da política de isenção fiscal para pequenas e microempresas”, afirmou.
O governador tucano também destacou que houve “acertos” nos programas sociais. Prometeu manter o programa “Trator Solidário” e aperfeiçoar outras políticas sociais, como programas de transferência de renda.
Beto disse ainda que irá manter uma relação próxima com o Legislativo, onde sua base de apoio é composta, de no mínimo, quarenta dos 54 deputados estaduais. Oficialmente, a bancada do PT é a única que se declarou de oposição ao governo. No PMDB, a maioria dos doze deputados está na base de sustentação do Beto.