O prefeito Beto Richa nomeou o ontem substituto de Manassés Oliveira na Secretaria Municipal de Assuntos Metropolitanos. O ex-secretário de Saúde Michele Caputo Neto foi indicado para o cargo que, entre outras funções, tem a responsabilidade de promover a integração da capital com os municípios da Grande Curitiba. Até ontem, Caputo ocupava a Assessoria Especial de Assuntos Comunitários, que assessorava o prefeito na coordenação das audiências públicas nos bairros.
Manassés foi um dos primeiros demitidos pelo prefeito, antes mesmo da divulgação do vídeo em que aparece recebendo dinheiro e assinando recibos em nome de terceiros no Comitê Lealdade, montado pelos dissidentes do PRTB. Ex-vereador e ex-secretário municipal de Trabalho, ele foi um dos líderes do movimento de desfiliação dos candidatos a vereador que não queriam a coligação com Fábio Camargo e apoiaram Beto Richa.
Na Câmara Municipal, ontem, na última sessão antes do recesso de meio de ano, a bancada de oposição conseguiu aprovar requerimento de pedido de informação ao prefeito sobre o histórico funcional dos servidores e ex-servidores da Prefeitura Municipal de Curitiba ligados ao grupo de dissidentes do PRTB.
O requerimento solicita o vínculo que estes possuem com a prefeitura, a data de admissão e exoneração, bem como todos os pedidos em que estiveram licenciados da administração pública, em especial no ano de 2008.
São citados quatro funcionários que estariam envolvidos nas denúncias de Caixa 2 e compra de apoios: Raul D’Araújo Santos; Cristiane Fonseca Robeiro; Gilmar Luiz Fernandes e Luiz Carlos Pinto. Os ex-vereadores Manassés e Mestre Déa e o coordenador do Comitê Lealdade, Alexandre Gardolinki também tinham cargo na administração municipal, sendo exonerados após o escândalo.