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Richa deve depor em fevereiro em ação da Operação Rádio Patrulha

Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo
Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo

O ex-governador Beto Richa (PSDB) foi intimado pela Justiça para a audiência de instrução na ação penal originada a partir da Operação Rádio Patrulha. Além dele, os demais réus também tiveram mandados expedidos – entre eles o irmão do ex-governador, Pepe Richa; e o ex-chefe de gabinete do tucano, Deonilson Roldo (que segue preso por outra operação, a Piloto). As audiências, as primeiras desde que as denúncias contra eles foram aceitas pela Justiça, acontecem entre os dias 4 de fevereiro e 1º de março.

Além dos réus, foram chamados a depor uma série de testemunhas arroladas pelos réus e pela acusação. Entre elas, estão os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), Durval Amaral e Ivan Bonilha; o ex-procurador-geral do estado, Sérgio Botto de Lacerda; e o atual secretário da Casa Civil, Guto Silva.

Outras duas testemunhas são delatores: o ex-deputado Tony Garcia, que acusa o ex-governador de fraudes no programa Patrulha do Campo; e Maurício Fanini, ex-diretor da Secretaria de Educação que fechou acordo de colaboração premiada no âmbito de outra operação, a Quadro Negro.

Relembre a operação

Deflagrada em setembro de 2018, a Operação Rádio Patrulha investigou um esquema de corrupção envolvendo o programa Patrulha no Campo, de conservação de estradas rurais. De acordo com a investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), agentes públicos teriam recebido valores na ordem de R$ 8,5 milhões em vantagens indevidas, obtidas por meio de fraudes em licitações.

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Por causa da operação, 15 pessoas tiveram mandados de prisão expedidos, ainda em setembro. Entre elas, estavam o ex-governador Beto Richa; a mulher dele, Fernanda Richa; e Pepe Richa. Eles foram soltos dias depois. Fernanda não entrou na lista final de réus da ação.

Uma das chaves da investigação é a delação premiada do ex-deputado Tony Garcia, que gravou trechos de conversas com os réus. Em um deles, segundo o delator, Beto teria tratado de propinas pagas pelos empresários que participaram das licitações da Patrulha no Campo, referindo-se aos valores como “tico-tico”.

Outro lado

À época do acolhimento da denúncia pela Justiça, as defesas de Beto e Pepe Richa, e também de Deonilson Roldo, disseram que se manifestariam no processo. Veja aqui o que disseram os advogados na ação.

Sobre a denúncia elaborada pelo Ministério Público do Paraná, a defesa dos irmãos Richa afirmou que o conteúdo se baseava “única e exclusivamente em termos de depoimento de colaborador premiado já conhecido do Poder Judiciário paranaense, sem qualquer base em provas de suas falaciosas alegações”. O texto conclui dizendo que “permanece a confiança na Justiça, que, em tempo certo, restabelecerá a verdade e a honra da família Richa”.

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