Beto Richa busca apoios avulsos

Preterido pelo prefeito Cassio Taniguchi (PFL), o vice-prefeito de Curitiba e candidato do PSDB à prefeitura de Curitiba, Beto Richa, está buscando apoios avulsos junto a setores do PFL para a sua campanha. Beto havia marcado para ontem à noite um jantar em que alguns dos convidados eram do PFL. O jantar foi cancelado por causa de falta de tempo na agenda, conforme a explicação oficial, mas alguns pefelistas haviam confirmado presença.

Entre eles, estavam deputados estaduais do PFL, como Nelson Justus, que tem base eleitoral em Curitiba e Região Metropolitana e foi o primeiro a admitir publicamente que se integrou à campanha tucana. A posição de Justus não é isolada na bancada que sempre esteve com um “pé atrás” em relação à opção do prefeito Cassio Taniguchi pela candidatura do vereador Osmar Bertoldi.

Os deputados defendiam a aliança com o PSDB. “A aliança era o ideal. Não aconteceu. Agora, esperamos que se faça no segundo turno”, disse Justus. O pefelista afirmou que não teme represálias ou algum tipo de constrangimento no partido por conta da sua adesão à candidatura tucana. “O Beto é meu amigo, é do meu relacionamento e eu já o apoiei para o governo do Estado. Não que o Osmar não seja meu amigo, mas eu apóio quem eu conheço, quem vai na minha casa. E assim, evito as traições”, justificou Justus.

O deputado Durval Amaral, líder da oposição na Assembléia Legislativa, disse que a eleição está polarizada entre Beto e o deputado estadual Angelo Vanhoni (PT), e que somente “um fato novo e relevante” pode alterar este quadro. Amaral disse que existe a possibilidade de o candidato do PFL melhorar seu desempenho, mas é pequena.

No seu trabalho de garimpagem de apoios avulsos, o candidato tucano reuniu-se também com um grupo de fundadores do então MDB. Sob a liderança de um dos primeiros presidentes do MDB de Curitiba, Sylvio Sebastiani, um grupo de mais de 50 políticos e militantes do MDB assinou um manifesto de apoio a Beto Richa.

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