Apesar das pressões dos tucanos que se distribuem entre as candidaturas à reeleição do governador Roberto Requião (PMDB) e do senador Osmar Dias (PDT) ao governo, o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB) não tem pressa em se posicionar nesta campanha eleitoral. Conforme sua assessoria, antes de dizer se sobe em algum palanque nesta campanha e qual deles, Beto pretende conversar com todas as alas para tentar evitar um aprofundamento da cisão e das mágoas tucanas, as seqüelas da aliança frustrada com o PMDB.
Beto vai começar a semana conversando amanhã, 14, com o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), o mais afetado entre os tucanos paranaenses pela briga que resultou no fim da aliança com Requião. Brandão tem a maioria dos prefeitos tucanos ao seu lado e ainda não se sabe como ele vai reagir em relação aos seus adversários internos, sendo o principal deles o presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni. E em menos de quinze dias, o deputado tucanos estará numa posição muito estratégia, o exercício do governo do Estado, durante a licença de Requião para a campanha eleitoral.
A intenção de Beto é apaziguar os ânimos até a próxima quinta-feira, 17, quando o candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, desembarca na cidade para sua primeira visita em campanha eleitoral. Beto já sabe que Alckmin vai encontrar o partido em ebulição, mas quer evitar exposições públicas de desagregação.
Antes de tentar minimizar o acirramento das divergências entre os grupos de Brandão e Rossoni, Beto também terá que se entender com o seu vice-prefeito. Luciano Ducci está oficialmente na campanha do governador Roberto Requião (PMDB) e os dois terão que administrar o descompasso se Beto aderir à campanha do senador Osmar Dias (PDT), conforme desejam algumas das pessoas mais próximas ao prefeito, como o seu padrinho de batismo o ex-deputado Euclides Scalco, que comanda o conselho político da campanha do pedetista.


