Bernardo diz que a culpa é popularidade de Lula

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, classificou de ?disputa política rebaixada? a acusação de que o governo fez um dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). ?Lamento que usem um instrumento de gestão pública como objeto de disputa política rebaixada?, declarou a ministra que, mais uma vez, afirmou que o que vem sendo chamado de dossiê é apenas o banco de dados da Casa Civil sobre as despesas com cartões corporativos.

Dilma veio a Curitiba para conversar com empresários sobre o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na inauguração do Teatro Positivo, ontem à noite. Ela também se reuniu com militantes e dirigentes do PT durante a tarde. Para Dilma, o caso do dossiê é mais uma tentativa de ?escandalização do nada?. A ministra disse que o crime está em divulgar dados sigilosos e que não continham nenhuma irregularidade, conforme já tinha sido atestado pelo Tribunal de Contas da União.

Sobre uma possível candidatura em 2010 à sucessão do presidente Lula, Dilma comentou que não é nem se considera pré-candidata. Ela acredita que as denúncias sobre a autoria do dossiê estão mais direcionadas a desqualificar o processo de transparência dos gastos. ?Este é mais um caso para impedir a transformação da máquina pública?, observou.

Ela comentou que o padrão de consumo dos governos, o atual e o anterior, é o mesmo. ?São despesas usuais e intrínsecas ao cargo e nós repudiamos o tratamento que é dado a essas informações tanto no nosso governo como no governo anterior. Dossiê é uma prática que repudiamos?, afirmou a ministra. Gastos com transporte, alimentação e hospedagem fazem parte da contabilidade de qualquer governo, frisou.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que acompanhou Dilma em Curitiba, afirmou que a acusação contra o governo é uma reação aos índices de aprovação obtidos pelo presidente Lula, na pesquisa divulgada no meio da semana. ?Quando vimos os números, um outro ministro comentou comigo: agora os caras vão enlouquecer?, disse Bernardo. 

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