Bens de Carvalhinho estão indisponíveis

A juíza da 3.ª Vara da Fazenda Pública, Fabiana Pieruccini, determinou a indisponibilidade do espólio do ex-presidente da Federação das Indústrias do Paraná, José Carlos Gomes Carvalho, conhecido como ?Carvalhinho?, e seus herdeiros. A juíza concedeu liminar a uma ação de improbidade administrativa movida pela Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público da Comarca de Curitiba. Na ação, a Promotoria também denuncia dois funcionários do Sesi (Serviço Social da Indústria) e do Citpar (Centro de Integração de Tecnologia do Paraná) por desvio de recursos do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), mantido pela Fiep para atuar como organismo de integração entre empresas e escolas.

A decisão suspende a liberação do espólio que havia sido concedida anteriormente pelo Tribunal de Justiça. No despacho, a juíza determina que sejam oficiados os cartórios de registro de imóveis em todo o estado para impedir que bens do ex-presidente sejam negociados ou transferidos para terceiros. Conforme auditoria feita a pedido do IEL, as operações denunciadas como irregulares teriam resultado em prejuízo de R$ 36 milhões ao sistema.

Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, os recursos correspondem a contribuições parafiscais repassadas ao IEL pelo Sesi e pelo Senai, na gestão de Carvalhinho na Fiep, entre 1996 e 2003. A ação propõe o ressarcimento desses valores aos cofres públicos, já que as contribuições parafiscais são consideradas verbas públicas.

As denúncias contra Carvalhinho vieram a público alguns meses depois de sua morte em 2003, quando assumiu a nova direção da Fiep, que encomendou uma auditoria nas contas da entidade.

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