DIA DA MULHER

Bancada feminina paranaense defende maior participação

Uma presidente mulher pela primeira vez na história do Brasil. O governo federal conta com nove ministras. Os cargos de vice-presidente na Câmara dos Deputados e no Senado Federal sendo ocupados por mulheres. Posições importantes dentro da política, que ainda vão de encontro à pequena quantidade de mulheres que se arriscam e que obtêm sucesso nesta carreira. No Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (8), as mulheres que se consolidaram ou que entraram recentemente na carreira política comemoram o avanço da participação, mas ressaltam que ainda há muito o que fazer para ampliar a influência feminina.

Atualmente, são onze senadoras entre as 81 vagas no Senado Federal. Entre elas está a senadora paranaense Gleisi Hoffmann (PT). Na Câmara Federal, as duas representantes do Paraná – Cida Borghetti (PP) e Rosane Ferreira (PV) – estão entre as 46 deputadas federais da atual legislatura, que conta com 513 deputados no total. Na Assembleia Legislativa do Paraná, entre os 54 deputados estaduais, apenas quatro mulheres: Cantora Mara Lima (PSDB), Luciana Rafagnin (PT), Marla Turek (PSC) e Rose Litro (PSDB). Na Câmara Municipal de Curitiba, a bancada feminina é formada por Dona Lourdes (PSB), Julieta Reis (DEM), Nely Almeida (PSDB), Noemia Rocha (PMDB), Professora Josete (PT) e Renata Bueno (PPS). São seis vereadoras entre as 38 vagas.

“Estamos vivendo uma situação interessante e um momento muito importante. Lógico que 46 mulheres entre 513 deputados é muito pouco. Mas nunca na história ocupamos tanto espaço. E temos um grande desafio pela frente. Fazer com que as deputadas, as ministras, nossa presidente façam valer os mandatos e mostrem que vale a pena fazer política e que os mandatos tenham significado para as mulheres”, comenta a deputada federal Rosane Ferreira (PV).

A vereadora Julieta Reis (DEM) afirma que a participação das mulheres não aumenta por vários motivos, entre eles as dificuldades de conseguir recursos financeiros suficientes para competir nas campanhas políticas. Isto está ligado inclusive à origem das mulheres que entram ou pretendem entrar nas carreiras políticas. Normalmente, são líderes comunitárias ou voluntárias de ações sociais. “Muitas delas têm capacidade e competência, mas não têm estrutura para vencer as eleições”, comenta. A vereadora ainda lembra que algumas mulheres de sucesso na política possuem um grande apoio familiar, como o caso da governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

A deputada estadual Cantora Mara Lima (PSDB) ressalta que ela e as outras três deputadas na Assembleia Legislativa se uniram e criaram um bloco. “Somos quatro, mas representamos a maioria da população no Estado”, conta.