Assembléia reinicia atividades nesta segunda

O governador Roberto Requião (PMDB) participa amanhã, junto com o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) e de vários secretários estaduais, da reabertura dos trabalhos da Assembléia Legislativa.

Na sessão, comandada pelo presidente reeleito da Casa, deputado Hermas Brandão (PSDB), Requião vai apresentar aos 54 deputados o seu plano de governo para os próximos quatro anos e relatar a situação econômico-financeira do Estado constatada pela sua equipe nesses 46 primeiros dias de mandato.

Com 24 de suas 54 cadeiras ocupadas por novos integrantes, a Assembléia Legislativa retoma os trabalhos dentro de uma configuração diversa, determinada pela maior renovação sofrida pela Casa nesses últimos vinte anos. De acordo com a Constituição Estadual, o período de sessões se estenderá até 30 de junho próximo, e de 1.º de agosto até 15 de dezembro.

Entre os novos deputados estão Ratinho Júnior (PSB), que obteve a histórica marca de 189.693 votos, e Alexandre Curi (PMDB), que assume com a responsabilidade de ser o herdeiro do avô Aníbal Curi, uma lenda da política no Paraná. Algumas das vagas que serão ocupadas por calouros abrigam hoje veteranos que viveram de perto as transformações políticas das últimas três décadas, e não renovaram seus mandatos, como Basílio Zanusso (PFL) e Waldyr Pugliesi (PMDB), e radialistas que fizeram da “latinha” um palanque político permanente, como Luiz Carlos Alborghetti (PTB), Ricardo Chab (PMDB) e Algaci Túlio (PSDB).

Três deputados estaduais – César Silvestri (PPS), Hidekazu Takayama (PTB) e Irineu Colombo (PT) ascenderam à Câmara Federal. Orlando Pessuti (PMDB), compôs chapa com Roberto Requião (PMDB). E Curitiba e região metropolitana, uma vez mais, confirmaram a força de sua representação, elegendo 21 parlamentares.

Bancadas

A renovação, porém, não se limita a nomes. Mudou a situação das bancadas. Impulsionado pela “onda Lula”, o PT cresceu. Capitaneado pelo ex-candidato à Prefeitura de Curitiba Ângelo Vanhoni, o mais votado deste ano na capital, assegurou nove cadeiras: além do próprio Vanhoni, Luciana Rafagnin, Natálio Stica, Elton Welter, Pedro Ivo Ilkiv, André Vargas, Tadeu Veneri, Hermes Fonseca e padre Paulo.

O PMDB do governador eleito Roberto Requião vem a seguir, com oito representantes: Dobrandino Gustavo da Silva, Nereu Moura, delegado Bradock, Artagão de Mattos Leão Júnior, Alexandre Curi, Caíto Quintana, Elza Correia e Edson Strapasson, que deixará sua vaga para o primeiro suplente Ademir Bier ao assumir a recém-criada Secretaria Especial de Coordenação da Região Metropolitana.

Em terceiro lugar aparece o PFL, partido que mais reelegeu deputados: Plauto Guimarães, Cleiton Kielse, Elio Rusch, Nelson Justus, Durval Amaral e Nelson Garcia. A novidade fica por conta do ex-prefeito, ministro e deputado federal Rafael Greca, que ocupou uma vaga na Assembléia antes de eleger-se prefeito da capital.

O PDT passa a contar com seis deputados: Homero Barbosa Neto, Augustinho Zucchi, Vanderlei Iensen, José Maria Ferreira, Neivo Beraldin e Renato Gaúcho. Com cinco eleitos, o PSDB vem a seguir: Hermas Brandão, Ademar Traiano, Francisco Buhrer, Nelson Tureck e Ailton Araújo.

O PPB terá Cida Borghetti, Miltinho Puppio, Fernando Ribas Carli e Duílio Genari. O PTB, o PSB e o PPS empatam, com três deputados cada um: Valdir Rossoni, Carlos Simões e Luiz Accorsi no primeiro; Ratinho Júnior, Luciano Ducci e Reni Pereira no segundo, e Waldyr Leite, Arlete Caramês e Marcos Isfer no terceiro. O PTB minguou, enquanto o PSC ganhou mais duas cadeiras e o PPS, mais uma. Com dois representantes cada, posicionam-se o PL – pastor Edson Praczyk e Chico Noroeste, e o PSL com Geraldo Cartário e Luiz Carlos Martins. Finalmente, com um deputado cada, o PSC – Mauro Moraes – e o PRP, com Jocelito Canto.

RMC tem 21 deputados

Fabiane Prohmann

Curitiba e região metropolitana vão ter nada menos que 21 vozes no parlamento estadual: Ângelo Vanhoni, Rafael Greca, Vanderlei Iensen, Neivo Beraldin, Renato Gaúcho, Natálio Stica, Tadeu Veneri, Carlos Simões, Luiz Accorsi, delegado Bradock, Alexandre Curi, Geraldo Cartário, Luiz Carlos Martins, Mauro Moraes, pastor Praczyk, Arlete Caramês, Marcos Isfer, Nelson Justus (que atua igualmente no litoral), Cleiton Kielse, Luciano Ducci, Francisco Buhrer e Ailton Araújo. Strapasson, que seria o 22.º, cederá a vez a Ademir Bier, que tem seu reduto eleitoral na região Oeste. Deste grupo, nada menos que seis estão vindo direto da Câmara Municipal de Curitiba.

A região Norte, onde estão localizados o segundo e terceiro maiores colégios eleitorais do Estado – Londrina e Maringá – será representada por Cida Borghetti, Miltinho Puppio, Barbosa Neto, José Maria Ferreira, André Vargas, Hermes da Fonseca, Elza Correia, padre Paulo Campos e Durval Amaral. O Sudoeste vai contar com Augustinho Zucchi, Luciana Rafagnin e Ademar Traiano, uma vez que Caíto Quintana assumirá a chefia da Casa Civil do novo governo. Mas ele abre a vaga para outro representante daquela região: o veterano Antônio Anibelli.

A região Oeste garantiu seu espaço com Duílio Genari, Elton Welter – ambos de Toledo-, Dobrandino da Silva, Reni Pereira, Chico Noroeste – os três de Foz do Iguaçu -, Nereu Moura e Élio Rusch, além de Ademir Bier O Noroeste com Nelson Garcia, Ratinho Júnior e Nelson Tureck, o Norte Pioneiro com Hermas Brandão, o litoral com Waldyr Leite e Nelson Justus, o Sul com Valdir Rosson e Pedro Ilkiv, o Centro Oeste com Fernando Ribas Carli e Artagão Júnior, e a região dos Campos Gerais com Plauto Guimarães e Jocelito Canto.

Espaço

A bancada de representantes da Igreja, que tinha três pastores na última legislatura, fica com dois e ganha uma voz da Igreja Católica, vinda diretamente de Sarandi, na região de Maringá: o petista padre Paulo. Os dois líderes evangélicos são Praczyk e Ailton Araújo.

A bancada feminina, que só tinha duas cadeiras – Luciana Rafagnin e Serafina Carrilho – , passa a contar com quatro: a reeleita Luciana, Cida Borghetti, Elza Correia e Arlete Caramês. A dos radialistas, que tinha sete parlamentares, ficou reduzida a cinco. A de bacharéis em Direito continua sendo a maior, com dez representantes.

O exame dos currículos dos componentes da Assembléia Legislativa na próxima legislatura mostra que a grande maioria iniciou a vida política com sólidas bases municipalistas. Antes da eleição para deputado estadual, vinte e dois foram vereadores em suas cidades e 14 foram prefeitos (entre estes, vários passaram também por câmaras municipais).

Comissões serão definidas

A partir do reinício dos trabalhos da Assembléia, serão definidos também os deputados que comporão nos próximos dois anos as comissões técnicas permanentes da Casa, encarregadas do exame prévio das matérias legislativas e do acompanhamento dos planos e programas governamentais e pela fiscalização orçamentária do Estado. A Constituição Estadual e o Regimento Interno da Assembléia dispõem que nesta formação das comissões se assegure, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos e dos blocos parlamentares representados no poder.

A Comissão de Constituição e Justiça, incumbida de se manifestar sobre todas as proposições quanto ao seu aspecto constitucional, legal, jurídico e de técnica legislativa, é integrada por quinze membros. As demais se compõem de sete membros, cada uma: Comissão de Finanças; Comissão de Orçamento; Comissão de Agricultura, Indústria e Comércio; Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação; Comissão de Educação, Cultura e Esportes; Comissão de Terras, Imigração e Colonização; Comissão de Segurança Pública; Comissão de Saúde Pública; Comissão de Redação; Comissão de Tomada de Contas; Comissão de Turismo; Comissão de Ecologia e Meio Ambiente; Comissão de Fiscalização; Comissão do Mercosul; Comissão de Direitos Humanos e da Cidadania; Comissão de Defesa do Consumidor, e, finalmente, Comissão de Alimentos.

Segundo determinação do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermas Brandão (PSDB), as lideranças partidárias deverão indicar os seus representantes para composição das dezoito comissões dentro de um prazo máximo de dez dias, a contar daquela data. Depois de indicados os membros, cada comissão cuidará de eleger internamente o seu respectivo presidente e vice-presidente

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