Foto: Arquivo/O Estado

AL: proposta de redução das férias será apresentada amanhã.

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Em ano eleitoral, os deputados estaduais retornam ao trabalho hoje, dia 15, discutindo a redução do recesso legislativo. A proposta de emenda à Constituição Estadual, que diminui as férias parlamentares de 90 para 55 dias, será apresentada pela Mesa Executiva amanhã, dia 16, na primeira sessão ordinária do período. Hoje, a sessão de abertura é solene e terá a participação do governador Roberto Requião (PMDB).

Brandão disse que a emenda será idêntica às regras promulgadas ontem pela Câmara dos Deputados e Senado, sob pressão da opinião pública. Atualmente, os deputados estaduais têm 30 dias de recesso, em julho, e férias que começam no dia 25 de dezembro e se estendem até 15 de fevereiro. Além de emendar a Constituição, os deputados terão que aprovar também um projeto de resolução, alterando a duração do recesso no Regimento Interno.

Quanto ao fim do pagamento pela participação em sessões extraordinárias, Brandão relembrou que o benefício foi abolido na Assembléia Legislativa, na reforma do Regimento Interno, no ano passado. Entretanto, ao contrário da Câmara, a Assembléia Legislativa manteve o pagamento por convocações extraordinárias, durante o recesso parlamentar, se a iniciativa for do Executivo.

Clima eleitoral

O trabalho em plenário será retomado em clima de disputa eleitoral, com a maioria dos deputados tentando um novo mandato nas eleições de outubro – menos de seis planejam disputar uma vaga na Câmara dos Deputados – e já reproduzindo as rivalidades da disputa para o governo do Estado. A partir de junho, quando os candidatos ao governo estiverem oficializados em convenção, os debates eleitorais serão acentuados na Assembléia Legislativa.

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Neste princípio de ano legislativo, algumas matérias estão na pauta da primeira semana de trabalho. Entre elas, as mensagens do governador estabelecendo em R$ 437 o salário mínimo regional, criando 446 vagas no efetivo da Polícia Militar e o Quadro Especial de Oficiais da corporação. O Palácio Iguaçu adiou para o próximo mês a apresentação do projeto que corrige os salários dos servidores públicos do quadro geral.

Mas nos primeiros dias, o assunto da vez é a indicação do próximo conselheiro do Tribunal de Contas, na vaga de Quielse Crisóstomo, morto na semana passada. O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) é o favorito para a vaga, mesmo com a indicação cabendo à Assembléia Legislativa. Como alguns deputados postulam o cargo, a indicação vai exigir um trabalho de articulação do Palácio Iguaçu e da bancada governista.

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Também estão na lista de matérias os vetos do governador a artigos da lei do Orçamento de 2006, Lei Orgânica do Tribunal de Contas e reajuste dos funcionários aposentados e da ativa do Poder Judiciário.

O início das transmissões da TV Assembléia, previsto para o final do semestre, deve estimular os debates eleitorais, acreditam Brandão e o vice-presidente da Assembléia Legislativa, Nereu Moura (PMDB). Vinte e cinco empresas já compraram o edital para participar da licitação, informou Brandão. A abertura das propostas será no final deste mês.

Relacionamento

O atual chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, disse que não espera mudanças significativas no diálogo entre Executivo e Legislativo, neste semestre. Mas admite que, a partir de julho, as discussões ficarão mais acirradas entre governo e oposição.