Eleição

Assembléia Legislativa interrompe as sessões plenárias

A mesa executiva da Assembléia Legislativa decidiu interromper as sessões plenárias a partir da próxima semana até o dia da eleição, em 5 de outubro. A justificativa é que na reta final da campanha eleitoral, os deputados precisam de mais tempo para se dedicar às campanhas às prefeituras e ajudar os candidatos a vereador que apóiam em várias cidades do Estado.

O presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM), disse que a pausa nos trabalhos pode começar a partir da próxima terça-feira, dia 23, dependendo do quórum da sessão de segunda-feira, 22.

Justus citou que doze deputados são candidatos às eleições municipais – onze a prefeito e um, Cleiton Quielse (PMDB), a vice-prefeito – e que às vésperas das eleições, os demais também precisam participar mais ativamente do processo. Dos doze candidatos, apenas seis se licenciaram do mandato.

De acordo com o presidente, os parlamentares que têm base eleitoral no interior do Estado têm dificuldades em conciliar trabalho de plenário com a campanha. O líder da bancada de oposição, deputado Elio Rusch (DEM), disse que viaja dezoito horas de ônibus até Marechal Cândido Rondon toda a semana para ajudar na campanha de candidatos que apóia em várias cidades.

“Vou de ônibus leito porque de carro é muito cansativo. São quase seiscentos quilômetros. Para todos nós, esse recesso é necessário. E em todos os anos de eleição, a Assembléia sempre fez”, comentou.

O deputado Luiz Carlos Martins (PDT) disse que é melhor suspender as sessões do que “ficar fazendo de conta”. Para Martins, a população compreende que é importante para os deputados atuarem nas campanhas. “Eu estou aqui na sessão porque minha região é Curitiba e região metropolitana”, declarou.

Quórum

O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), disse que sempre foi um defensor do recesso principalmente porque as sessões têm registrado falta de quórum para votações depois que houve pressão para que os deputados candidatos se licenciassem.

Embora o número de licenciados não passe de meia dúzia, num universo de 54 deputados, Romanelli argumentou que eles fazem falta porque os outros também estão deixando de comparecer às sessões.