O secretário-geral do PMDB do Paraná, João Arruda, tentou restabelecer a confiança dos peemedebistas nas possibilidades eleitorais do candidato do partido à prefeitura de Curitiba, Carlos Augusto Moreira Junior, abalada pelas declarações do coordenador da campanha na capital, Rasca Rodrigues, que considerou nulas as chances de vitória da oposição.

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“Pesquisa não ganha eleição. Não acho que as eleições em Curitiba já foram resolvidas pelas pesquisas de opinião. Se assim fosse, nem precisaríamos fazer a votação no dia 5 de outubro, nomearíamos o vencedor pelas pesquisas”, reagiu o secretário-geral. Ele afirmou que aposta na força política dos peemedebistas e também na capacidade de os candidatos a vereador alavancarem votos para a candidatura majoritária. Os dois fatores seriam as “vantagens” que o PMDB teria sobre os concorrentes, acredita.

Para ele, a realização de segundo turno em Curitiba serviria para tornar o processo eleitoral mais democrático. Arruda mencionou a eleição de Celso Pitta para a prefeitura de São Paulo, em 1996, em primeiro turno, para ilustrar os riscos de uma definição apressada. “E veja no que deu”, disse Arruda, referindo-se ao ex-prefeito paulista, que enfrentou várias acusações de irregularidades e chegou a ser afastado do cargo por um curto período.

“Não é nada bom para a democracia que governantes sejam eleitos no primeiro turno, sem um debate aprofundado dos problemas do município e do Estado”, afirmou Arruda. Ele considera a eleição de prefeitos, governadores e presidentes da República em um único turno como um “perigo” para a democracia. “É daí que surgem os déspotas e maus administradores, que sempre se escondem sob o manto da unanimidade”, disse.

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