Depois dos escândalos envolvendo o nome da família na Lava Jato, o deputado federal baiano Lúcio Vieira Lima (MDB) não se reelegeu. Esta é a primeira vez que o clã fica longe do poder, desde 1975, quando há 43 anos, o pai de Lúcio e Geddel Vieira Lima, Afrísio Vieira Lima, foi eleito para uma cadeira na Câmara pela extinta Arena, partido de apoio ao governo militar.

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O patriarca se reelegeu até 1990, então pelo MDB, quando foi substituído pelo filho mais velho, Geddel, eleito deputado federal pela primeira vez naquele ano.

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O mandato de seu sucessor foi até 2010, quando, sem sucesso, tentou chegar ao governo da Bahia. O ex-ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer está hoje preso na Penitenciária da Papuda. Lúcio, por sua vez, somava mandatos desde 2010, quando debutou na Câmara.

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Os irmãos Vieira Lima são acusados pelos crimes de ocultação e propriedade dos R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrados em um apartamento em Salvador – a maior apreensão da história da Polícia Federal. Eles alegam inocência.

À reportagem, o deputado Lúcio Vieira Lima foi sucinto e argumentou que não foi eleito porque “o povo não quis”. Para ele, o resultado das urnas reflete a fragilidade dos partidos, com o PSL elegendo a segunda maior bancada da Câmara . “Os partidos perderam totalmente a sua importância.” Questionado se pretende continuar na vida pública, retrucou que “não é necessário mandato para fazer política. Continuarei fazendo política sem um mandato.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.