Amapá, Sergipe e Tocantins são os três Estados brasileiros com mais expressiva participação feminina à frente das prefeituras, revela levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) elaborado às vésperas do Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quinta-feira. São Paulo aparece com uma proporção de 8,5%, inferior à média nacional (10,1%).

continua após a publicidade

No Amapá, a proporção de prefeitas é de 25%, um pouco a mais que Sergipe (22,7%) e Tocantins (21,6%). O ranking dos dez Estados com maior proporção de prefeitas é completado por Maranhão, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Alagoas e Acre.

Segundo o levantamento da CNM, a média nacional subiu de 5,9% para 10,1% entre 2000 e 2012, um aumento de 71,2%. Atualmente, o País contaria com 560 prefeitas, indica o levantamento.

Em números absolutos, Minas Gerais é a unidade da federação com o maior número de prefeitas – são 61, ante 792 homens no poder em outros municípios da região. Em Roraima, por outro lado, todos os 15 municípios do Estado são comandados por homens.

continua após a publicidade

“As mulheres não estão na política numa quantidade representativa do seu peso na sociedade muito menos por machismo e preconceito e mais por aversão que têm, de maneira geral, à política”, diz o cientista político Paulo Kramer, da Universidade de Brasília. “Elas consideram a política uma atividade repulsiva”, conclui.

Ministérios

continua após a publicidade

Relatório do Banco Mundial divulgado em setembro passado apontou que “embora homens e mulheres sejam igualmente aptos para exercer sua voz política pelo voto, homens são frequentemente percebidos como superiores em exercer poder político”.

O relatório mostrou que o número de países com mais de 20% dos cargos ministeriais ocupados por mulheres saltou de 13 para 63 entre 1998 e 2008. Atualmente, o governo Dilma Rousseff conta com dez mulheres, o que representa 26,3% do total. Desde que assumiu o cargo, a presidente tem procurado priorizar a nomeação de mulheres para postos estratégicos do governo.