Em evento de campanha de Rodrigo Rollemberg, candidato do PSB ao governo do Distrito Federal, a candidata derrotada à Presidência da República Marina Silva (PSB) criticou o “vale-tudo” na política e a tentativa de “divisão”do eleitorado na campanha deste ano. Sem citar os adversários, Marina atacou a estratégia de divulgação de mentiras e a tentativa de desconstrução dos candidatos.

continua após a publicidade

“É preferível perder ganhando do que ganhar perdendo. Existem pessoas que podem até ganhar, mas ganham perdendo. E sabe quando se ganha perdendo? É quando para ganhar se rendem a lógica de que os fins justificam os meios, de que vale-tudo, mentir, desconstruir, atacar, fazer qualquer coisa”, discursou a ex-presidenciável.

Marina atacou o “totalitarismo” que, segundo ela, tenta acabar com a diversidade cultural e busca transformar grupos em blocos homogêneos do “nós contra eles”. “Espero que essa tentativa do País ser um país dividido entre nós e eles não nos leve para a insustentabilidade das relações entre nós”, declarou.

A ex-candidata – que discursou na praça onde em 1997 o índio Galdino Jesus dos Santos foi assassinado em Brasília – também criticou a ausência de políticas para demarcação de terras indígenas, condenou os que acreditam que “não há lugar no País para índios” e defendeu que a política deve ser feita com “generosidade”. Marina atacou o crescimento do desmatamento no Brasil.

continua após a publicidade

A um grupo de apoiadores de Rollemberg, Marina disse que é possível fazer política “com decência” e defendeu que a sociedade se junte para acabar com a corrupção. Segundo a ex-candidata, a escravidão e a ditadura só puderam ser vencidas quando os brasileiros se uniram. “Enquanto o problema da corrupção for apenas dos governos, nós vamos ter corrupção feia. A corrupção precisa virar um problema de todos os brasileiros e brasileiras”, pregou.