Ampliação de Mata Atlântica sai de pauta

A mobilização de diversas entidades de classe, desencadeada pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), e que envolveu o governo estadual e os deputados federais ligados à silvicultura, fez com que o projeto de lei 285/99, que propõe a ampliação da área classificada como Mata Atlântica, fosse retirado ontem da pauta de votação da Câmara Federal. Por um acordo de lideranças, a matéria só voltará ao plenário daqui a 21 dias.

A informação foi confirmada ao presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, por parlamentares paranaenses que participaram de um café da manhã promovido ontem pela diretoria da federação em Brasília. Além do Paraná, outros estados também participaram do movimento, já que o projeto de lei, numa interpretação literal, é considerado pelo setor produtivo prejudicial à economia do País.

Se fosse aprovada, a nova legislação ampliaria de 10% para 95% do território paranaense a área de Mata Atlântica, inviabilizando atividades de extração vegetal, matéria-prima para diversas indústrias, e o agronegócio. “A Mesa da Câmara foi sensível e entendeu que não há estudos suficientes para a discussão desta lei e das conseqüências que ela vai trazer. No Paraná, os impactos vão comprometer toda a atividade econômica e afetar o nível de emprego”, afirmou Rocha Loures.

O presidente da Fiep também entregou uma carta de mobilização ao presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. Na próxima quarta-feira, a entidade sedia um novo debate sobre a projeto de lei 285/99, com a participação de representantes da indústria do Paraná e de outros estados, além de deputados e senadores.

Estiveram presentes ao encontro organizado pela Fiep os deputados federais Hidekazu Takayama (PMDB), Eduardo Sciarra (PFL), Alex Canziani (PTB), Ricardo Barros (PP), Affonso Camargo (PSDB), Chico da Princesa (PL), Osmar Serraglio (PMDB), pastor Oliveira (PP), André Zacarow (PDT), Irineu Colombo (PT), Abelardo Lupion (PFL), Max Rosenmann (PMDB) e os senadores Flávio Arns (PT) e Osmar Dias (PDT).

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