O candidato ao governo, senador Álvaro Dias (PDT), desistiu de continuar brigando judicialmente pelo direito de utilização do nome “Frente Trabalhista” e registrou no Tribunal Regional Eleitoral uma nova denominação, “Coligação Vote 12”, para sua aliança. Após perder um recurso no Tribunal Superior Eleitoral, o pedetista considerou que não valeria a pena continuar alimentando uma disputa judicial em torno do que classificou como um “detalhe sem importância numa campanha”.
O pedido de desistência foi formalizado ontem. A juíza Claudia Cristina Cristofani, que aceitou o registro do novo nome escolhido concedeu o prazo de 15 dias, solicitado pelos advogados da coligação, para a remoção do material de campanha que utiliza a denominação antiga. A coligação havia entrado com recurso junto ao TSE solicitando liminar que garantisse o uso da denominação até que ocorresse o julgamento do mérito. Como a liminar não foi concedida, Álvaro preferiu adotar logo outro nome a manter o foco de conflito com o candidato do PPS ao governo, deputado federal Rubens Bueno.
A designação “Frente Trabalhista” foi impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a pedido de Bueno. No pedido de execução – protocolado sábado passado -, foi requerido que a coligação de Álvaro deixasse de usar o nome “Frente Trabalhista”, sob pena de pagar uma multa diária de R$ 50 mil.
“Não poderíamos permitir, sob nenhuma hipótese, que a aliança adversária adotasse o mesmo nome da coligação presidencial liderada por Ciro Gomes”, explicou o coordenador jurídico do Vote Limpo 23, Luiz Felipe Haj Mussi. “Havia o propósito, deliberado, de provocar confusão, induzindo o eleitor a erro”, acrescentou Mussi.