O senador Alvaro Dias afirmou ontem que, caso prevaleça a aliança entre o PSDB e o PMDB, os candidatos peemedebistas à Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa que quiserem participar dos seus eventos de campanha serão bem-recebidos. Mas o senador não pretende vincular sua candidatura ao palanque do governador Roberto Requião (PMDB).
Alvaro disse que o dever de lealdade fraterna com o senador Osmar Dias (PDT) se sobrepõe a qualquer outra exigência. "Estes laços prevalecem sobre a esculhambação partidária", comentou o senador tucano. Ele admite que a legislação eleitoral impõe limitações ao seu apoio a Osmar. "Não poderei formalizar minha posição nem no próprio material de campanha. Mas o Paraná sabe qual é a minha posição", afirmou.
Quanto ao impasse com a ala liderada pelo vice-presidente do partido, deputado Hermas Brandão, em torno da aliança com o PMDB, Alvaro declarou que apenas a justiça eleitoral pode dar um desfecho para o caso. "O que o partido tinha que fazer, já fez. Houve solidariedade da direção nacional à direção local, mas o partido não vai afrontar a Justiça", declarou.
Integrante do Conselho Político do PSDB, Alvaro disse que não sabe o que foi tratado na conversa entre o governador Roberto Requião (PMDB) e Geraldo Alckmin. Mas afirmou que Alckmin tem dois palanques garantidos no Paraná: o dele, para o Senado, e o do candidato da coligação PPS-PFL, ex-deputado Rubens Bueno. O senador tucano afirmou ainda que o cenário eleitoral ficou tão confuso em virtude das regras, que é mais do que urgente a realização de uma reforma político-partidária no país.