Aliança pressiona Greca para disputar o Senado

O governador Jaime Lerner (PFL) disse ontem que o deputado federal Rafael Greca (PFL) deveria concorrer ao Senado, mas que a decisão é dos partidos que compõem a coligação, o PFL,o PSDB e o PSL. As declarações do governador foram entendidas como uma senha para o avanço das articulações feitas nos bastidores para lançar Greca ao Senado. Um dos cabos eleitorais de Greca como candidato ao Senado tem sido a secretária da Criança e Assuntos da Família e 2.ª vice-presidente estadual do PFL, Fani Lerner, que ontem na homenagem aos jogadores paranaenses da Seleção Brasileira, no Palácio Iguaçu, referia-se a Greca como “meu candidato ao Senado”.

A costura para lançar Greca ao Senado deixou de ser feita no sentido de eliminar a candidatura do deputado federal Luciano Pizzatto. Ele foi indicado pela executiva estadual em reunião realizada no sábado passado, quando descartou-se a candidatura da vice-governadora Emília Belinati, que promete recorrer à Justiça contra a decisão do partido.

Greca dividiria a chapa com Pizzatto. O terreno para a indicação de Greca está sendo preparado. Estrategicamente, o PSDB cedeu a segunda vaga ao Senado para o PSL, que irá registrar hoje o empresário Evaldio Luis Androchechen. O pefelista entraria no lugar do candidato do PSL, um nome desconhecido do eleitor, cuja renúncia não teria maior impacto político.

Acordo

Lideranças tucanas, como o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, já admitem que Greca poderá disputar o Senado pela aliança. Brandão, que tem em Greca um desafeto, disse ontem que “é preciso contornar divergências internas” em favor de um projeto maior, a eleição para o governo. A avaliação é que Greca seria uma voz para dar mais contundência ao discurso da chapa majoritária tucana, sobretudo para responder ao ataque de adversários poderosos, como os candidatos do PMDB, Roberto Requião, e do PDT, Álvaro Dias.

Lerner sempre defendeu esta posição para Greca na disputa majoritária, desde o início as articulações para a formação da aliança PSDB-PFL. Foi com esta mesma oferta que tentou demover Greca de disputar a convenção do partido para ser o candidato ao governo. A lista de deputados federais traz, entre outros, os nomes de Alex Canziani, Luiz Carlos Hauly, Afonso Camargo, Chico da Princesa e Odílio Balbinotti , do PSDB; Werner Wanderer, Joaquim Santos Filho e Abelardo Lupion, pelo PFL, e Hélio Camargo, Antônio Roberto e Paulo de Oliveira, pelo PSL.

A chapa para a Assembléia Legislativa será encabeçada pelos nomes de Hermas Brandão, Ademar Traiano, Edno Guimarães, Sérgio Spada, Algaci Túlio e Nelson Tureck, todos do PSDB. Já o PFL concorrerá, entre outros, com Basílio Zanusso, Elio Rusch, Plauto Miró, Nelson Justus e Cleiton Kielsen. Pelo PSL concorrem à reeleição Geraldo Cartário, Luiz Carlos Martins e Antônio Carlos Belinatti.

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