Aliados de Cunha pedem encerramento da sessão no Conselho de Ética

A tropa de choque do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atua neste momento para obstruir a sessão do Conselho de Ética de votação do parecer do relator Fausto Pinato (PRB-SP) sobre a admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o peemedebista. Além de chegarem atrasados para não dar quórum, fizeram questões de ordem para encerrar a sessão antes de qualquer discussão.

Aliado de Eduardo Cunha, o líder do PSC, André Moura (SE), pediu o encerramento da sessão minutos antes de se atingir o quórum mínimo de 11 parlamentares. Ele fez uma questão de ordem em que enfatizou que era necessário cancelar a sessão meia hora após o horário agendado por falta de quórum.

Manoel Júnior (PB), suplente e aliado de Cunha, fez coro ao líder do PSC e, numa manobra para prolongar a sessão, exigiu a leitura da ata da reunião anterior. Manoel agora alega a suspeição do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) no processo por ter assinado uma representação na Corregedoria da Casa pedindo a investigação contra Cunha.

Dos petistas titulares, apenas Leo de Brito (AC) não compareceu. Valmir Prascidelli (SP) e Zé Geraldo (PA) chegaram ao local. Os suplentes Assis Carvalho (PI) e Odorico Monteiro (CE) também faltaram. Os peemedebistas também não apareceram – os titulares Mauro Lopes (MG) e Washington Reis (RJ), e o suplente Carlos Marun (MS).

O advogado do peemedebista no processo no conselho, Marcelo Nobre, está sentado na primeira fila. À mesa, estavam apenas o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), o vice-presidente, Sandro Alex (PPS-PR), e o relator da ação, Fausto Pinato (PRB-SP), além de um consultor legislativo.

Além de Araújo, Alex e Pinato, compareceram Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Betinho Gomes (PSDB-PE), Júlio Delgado (PSB-MG), Paulo Azi (DEM-BA), Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) e os suplentes Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Capitão Augusto (PR-SP), Jorginho Mello (PR-SC) e Eliziane Gama (Rede-MA), que não foi contabilizada.

No início da manhã, o plenário 9, onde aconteceria a sessão, era o único que estava trancado. Foi aberto apenas às 9h11, 19 minutos antes do horário previsto para o início da sessão, e somente após inspeção de seguranças.