O governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB), que lidera as pesquisas de intenção de voto no Estado, assim como nos debates anteriores, voltou a ser o centro dos ataques de seus adversários no início do debate promovido pela TV Globo, nesta terça-feira.

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A primeira pergunta do debate, dirigida a Alckmin, foi sobre o financiamento de campanha e a participação de empreiteiras. Após responder que recebia “assim como as outras campanhas” recursos de empresas, Alckmin defendeu a reforma política e a diminuição do número de partidos, para que no futuro haja o financiamento publico de campanha.

Gilberto Maringoni (PSOL), que havia feito a pergunta, alfinetou o tucano em sua réplica questionando se era “moralmente aceitável” receber recursos de construtoras envolvidas em suspeita de cartel no Estado e citou doações da OAS, Queiroz Galvão e CR Almeida. O tucano rebateu e disse que isso era “mentira” e que as empresas que contribuíram com a sua campanha “não constam na lista” de suspeitas. “O cartel se faz fora do governo, empresas que se articulam, nenhuma delas doou um centavo para minha campanha e meu partido e o governo do Estado está processando (as empresa suspeitas de cartel)”, disse.

Assim que teve sua chance de ter a palavra de novo, Maringoni disse que não havia mentido e as informações estavam na declaração de Alckmin e que as empresas eram suspeitas.

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Na sequência, o candidato do PMDB, Paulo Skaf, ao dirigir sua pergunta para Gilberto Natalini (PV), Skaf escolheu falar sobre o SUS, disse que o sistema vem sendo “prejudicado pela falta de financiamento” e aproveitou para alfinetar o governador. “Quando Alckmin assumiu o primeiro governo, havia 77 mil leitos em São Paulo. Hoje, há 59.500. Ele tira mais leitos do que cria”, disse o peemedebista.

O candidato do PT, Alexandre Padilha, não podia perguntar mais para Alckmin, mas escolheu não ter o confronto com Skaf e tentou atingir o governador lateralmente ao questionar Laércio Benko (PHS) sobre a crise hídrica do Estado. Na pergunta, Padilha disse que além da seca que São Paulo sofre “tem uma seca de obras há dez anos”.

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Quando teve voz novamente, Alckmin tentou responder a Skaf antes de fazer uma pergunta relacionada também a saúde e aproveitou para criticar Padilha. Disse que tem candidato que critica a saúde, mas quando foi ministro “ficou quietinho”. “Governo federal deixou de investir 28 bilhões de reais na saúde”, disse o tucano.

Na sequência, Padilha respondeu uma pergunta sobre segurança e só na sua réplica se disse “indignado” com o fato de Alckmin continuar o acusando de fechamento de leitos e lembrou que já conseguiu direito de resposta na Justiça.

No fim do primeiro bloco, por fim, Maringoni usou seu tempo para criticar as declarações homofóbicas do candidato à presidência Levy Fidélix (PRTB) no último debate entre candidatos: “A homofobia não tem uma lei específica. Tomara que este episódio ajude a criminalizar a homofobia.”