Com uma semana de prazo para atrair outros partidos para o seu palanque de candidato ao governo, o senador Osmar Dias está pronto para conversar novamente com a ala tucana que é contra a aliança do PSDB com o PMDB. Depois do desconforto inicial do anúncio da intenção de Osmar em concorrer ao governo, os tucanos dizem que continuam examinando todas as possibilidades, inclusive voltar a conversar com Osmar, como declarou ontem o prefeito de Curitiba, Beto Richa.
Beto afirmou que o partido continua buscando a construção de um palanque forte no Paraná para o pré-candidato do partido à Presidência da República, Geraldo Alckmin. Segundo Beto, as lideranças tucanas estão conversando novamente para ver como fica o diálogo com o senador Osmar Dias.
Por sua vez, Osmar disse ontem que foi mal interpretado e que não cobrou apoio dos tucanos. O senador pedetista afirmou que está pedindo ao PSDB o apoio informal à sua candidatura, sem exigir contrapartida à sua posição na eleição de 2002, quando subiu ao palanque de Beto Richa na disputa pela prefeitura de Curitiba. Osmar declarou que espera esse apoio com base no um ano e meio de negociações que manteve com os tucanos e não em reciprocidade à sua posição nas eleições municipais.
Mas a disposição de conversar com Osmar não alcança o grupo que defende a composição com o PMDB do governador Roberto Requião. O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, afirmou que para ele, a conversa está encerrada com o PDT. Brandão acredita, entretanto, que a decisão final do PSDB não sai mesmo antes do dia 29, quando foi marcada a convenção tucana.
Convite
Em meio aos contatos que vem fazendo, Osmar recebeu também uma nova visita do governador Roberto Requião que, acompanhado do secretário da Casa Civil, Rafael Iatauro, esteve anteontem com o senador, no dia em que ele anunciou que quer ser candidato ao governo. Segundo apurou O Estado, o senador teria recusado novamente a oferta, que consistiria da indicação do candidato a vice-governador pelo PDT na chapa de Requião.