Ala do PMDB sonha com aliança para a Prefeitura

Enquanto uma expressiva ala do PMDB sustenta a bandeira da candidatura própria à Prefeitura de Curitiba no próximo ano, longe das reuniões do partido, alguns peemedebistas vão na direção contrária e começam a desenhar uma composição encabeçada pelo PT, o principal aliado no segundo turno da campanha ao governo do ano passado.

A “chapa dos sonhos”, como já é chamada nos bastidores, teria como candidato a prefeito o deputado estadual e líder do governo na Assembléia Legislativa Ângelo Vanhoni (PT) e a secretária do Planejamento, Eleonora Fruet, como candidata a vice-prefeita.

A dobrada é apenas uma das que estão sendo ventiladas pelo partido, mas pode causar fissuras internas. A secretária é irmã do presidente estadual do partido, deputado federal Gustavo Fruet, que não esconde a sua intenção de ser o candidato a prefeito. Gustavo acalenta esse projeto desde 2000, quando disputou a convenção e foi derrotado pelo atual secretário da Educação, Maurício Requião, irmão mais novo do governador.

Maurício, asseguram pe-emedebistas próximos a Requião, não volta à cena eleitoral no próximo ano. Consultas feitas à Justiça Eleitoral confirmaram sua inelegibilidade por conta do parentesco com o governador. Gustavo tem o seu leque de apoios dentro do partido, mas, depois da amarga experiência de 2000, sabe que dificilmente vencerá uma convenção se não tiver o governador ao seu lado.

De longe

Requião tem monitorado à distância a discussão entre seus correligionários sobre a sucessão municipal em Curitiba. Até agora, o governador não se pronunciou sobre candidaturas próprias ou alianças. Seus assessores justificam que ele quer deixar o debate correr solto no partido, para que cada corrente se consolide, antes de entrar na discussão. Somente no início do próximo ano é que o governador pretende intervir e revelar a seus correligionários quais são seus planos e para quem vai sua simpatia.

O nome da secretária do Planejamento começou a ser ventilado há alguns dias. Eleonora Fruet, uma economista desconhecida até ser chamada para integrar o governo, caiu nas graças de Requião, que está “encantado”, segundo seus interlocutores, com a capacidade de trabalho da secretária, que tem merecido ampla divulgação de sua atuação por parte da agência de notícias do governo.

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