AL estuda adiamento da reabertura das sessões

Após um recesso de trinta dias, o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), ainda não definiu se inicia oficialmente os trabalhos do segundo semestre na próxima quinta-feira, dia 1º, como seria de praxe.

A pedido dos deputados, Brandão estuda a possibilidade de adiar a reabertura da Assembléia para a segunda-feira, dia 5. Todos os 54 deputados vão disputar as eleições de 6 de outubro e estão enfronhados na campanha eleitoral. “Acho muito difícil conseguir reunir todo mundo na quinta-feira”, justificou.

Os próximos dois meses, agosto e setembro, deverão ser os menos produtivos da Assembléia, admite Brandão que, entretanto, não pretende adotar o tradicional “recesso branco” no auge da campanha. O tucano está inclinado a ceder às pressões para cancelar as sessões das manhãs de quinta-feira, que normalmente já são derrubadas por falta de quórum.

Conforme o presidente da Assembléia, o trabalho de quinta-feira poderá ser substituído por sessões noturnas às quartas-feiras. “Vários deputados solicitaram que fizéssemos assim para que possam ficar liberados e viajar já na quinta-feira pela manhã”, afirmou Brandão. Para o presidente, o sistema até se justifica pois mais de 90% dos deputados têm base eleitoral no interior.

A disputa para preservar a cadeira é acirrada. No total, 49 deputados estão concorrendo à reeleição. “Agora, é a hora de correr atrás dos votos”, afirmou o presidente da Assembléia, que neste primeiro mês de campanha já percorreu 30 mil quilômetros, de avião ou carro, totalizando uma média de visitas a oito municípios por dia.

De acordo com as projeções de Brandão, o índice de renovação na próxima legislatura deverá ser baixo. Ele estima que entre 38 a 40 deputados vão conseguir manter seus mandatos.

Pauta

A previsão de assuntos que devem entrar em votação este mês não inclui um volume grande de matérias e projetos. Mas os deputados terão que votar alguns temas mais polêmicos. Entre eles, as mudanças no Código de Organização e Divisão Judiciária, que traz à tona a proposta de criação de novos cartórios, despertando uma briga surda no setor.

Também deverá ir a plenário com uma mensagem do governador Jaime Lerner ( PFL) propondo uma anistia fiscal, assunto que vai merecer atenção redobrada da oposição.

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