Enfrentando baixos índices de popularidade, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), tenta colar na presidente Dilma Rousseff para colher dividendos políticos na campanha para mais um mandato à frente do Palácio do Buriti. Nesta quinta-feira, 3, o governador e a presidente participaram da entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida no Paranoá, região administrativa do Distrito Federal.

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“Brasília não era nem credenciada no Minha Casa Minha Vida quando tomei posse. Não tínhamos uma única unidade (habitacional) aqui, e com a posse da presidenta e a minha posse, diziam que aqui não poderiam fazer Minha Casa Minha Vida, que os terrenos eram caros, e portanto o nosso povo estava condenado aqui a pagar aluguel ou viver em moradias precárias. Não! Nós provamos que podia”, disse o governador.

A cerimônia no DF marcou a entrega de 464 unidades habitacionais que fazem parte do Residencial Paranoá Parque. De acordo com o Ministério das Cidades, o governo federal já investiu R$ 3,22 bilhões no DF para a contratação de 47.925 unidades habitacionais. “Se não fosse essa parceria, o nosso povo de Brasília também não teria o direito como todo o Brasil (de ter unidades habitacionais subsidiadas pelo governo federal)”, afirmou o governador. “O povo do DF é grato à senhora, porque o nosso DF e o Brasil estão mudando.”

Em 13 de junho, o governador e a presidente inauguraram juntos trecho da obra do Expresso DF Sul, que liga Gama e Santa Maria ao Plano Piloto. A segunda etapa deverá ficar pronta em dezembro, segundo o governo local.

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Parceria

Apesar da intensificação na agenda de eventos públicos com o petista, a presidente não compareceu à convenção regional do PT que confirmou a candidatura de Agnelo à reeleição, no domingo passado, dia 29. Naquele dia, a presidente passou o dia no Palácio da Alvorada.

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Não é considerada fácil pelo próprio PT a reeleição de Agnelo. O governador enfrenta baixos índices de popularidade, acusações de superfaturamento do Estádio Mané Garrincha e suspeitas que recaem até sobre a primeira dama, Ilza Queiroz, flagrada em grampo pedindo que um administrador regional suspeito de fraudar alvarás “agilizasse” um processo.

Seus principais adversários na corrida pelo Palácio do Buriti são o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), o servidor público Toninho do Psol (Psol) e o ex-governador José Roberto Arruda (PR), que chegou a ser preso por dois meses acusado de obstruir as investigações desencadeadas pela Operação Caixa de Pandora, em 2010.