O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), negou hoje enfaticamente que tenha firmado um acordo informal no qual aceitaria compor como vice uma chapa tucana puro-sangue encabeçada pelo colega paulista José Serra na eleição presidencial de 2010. Demonstrando irritação com a especulação, Aécio disse que “não há hipótese” de ele participar de uma chapa puramente tucana e classificou a notícia de uma “invencionice”, afirmando que a recebia como uma “grande piada”. “Não sabia que eu estava gerando tantas preocupações em tantas pessoas para uma invencionice dessas. Se há algum acordo, esqueceram de me avisar”, afirmou governador mineiro, após receber para um almoço a cúpula e boa parte da bancada federal do PR, que declarou apoio à sua eventual candidatura à Presidência.

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Segundo Aécio, após a definição do candidato o PSDB deve buscar aliados e “construir com aliados a chapa e o programa de governo. Portanto isso é uma invencionice e, na verdade, uma grande piada”, salientou. O governador reiterou a posição contrária à chapa puro-sangue. “Não existe absolutamente nada nessa direção, e vou além: eu acho que qualquer negociação ou qualquer construção da chapa de um só partido, qualquer que seja esse partido, ela não tem eficácia eleitoral, e acho que ela tem uma grande dose de presunção. Acho que não faz bem ao PSDB. Não há hipótese de isso ocorrer.”

Apontado como articulador de um suposto entendimento entre Serra e Aécio, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é esperado na noite de hoje em Belo Horizonte para uma palestra numa universidade particular. Depois ele se reúne com Aécio no Palácio das Mangabeiras. O governador de Minas almoçou com o presidente nacional do PR, Sérgio Tamer, e 26 congressistas do partido. O líder da bancada na Câmara, deputado Sandro Mabel (GO), disse que o partido está “de portas abertas” para Aécio.

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