O ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras Renato Duque pediu nesta quarta-feira, 17, por meio de seus advogados, acesso à delação premiada feita pelo ex-gerente executivo de Engenharia da estatal Pedro Barusco Filho. O documento foi apresentado à Justiça Federal do Paraná, responsável por conduzir as ações da Lava Jato.

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“Alguns jornais de grande circulação noticiaram e publicaram, no final de semana que passou, referências e trechos da “delação premiada” realizada, ao que se sabe, por Pedro José Barusco Filho. Entendia a defesa de Renato Duque que a suposta “delação premiada” estivesse sendo mantida em sigilo, tanto é que os próprios representantes constituídos do requerente a ela não tiveram acesso, até o momento”, ressaltam os advogados.

Num segundo momento, os defensores de Renato Duque pedem que seja instaurada uma investigação para apurar possível “vazamento”. “Assim, requer-se tenha a defesa de Renato Duque acesso (sendo disponibilizada) à gravação, em mídia eletrônica, da “delação premiada” – alternativamente, aos áudios, apenas – que teria sido realizada por Pedro José Barusco Filho, além de que seja determinada a instauração de investigação, em virtude do cometimento de crime de violação de sigilo”.

No depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato, Barusco disse que fez uma “troca de propinas” com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto. O ex-gerente afirmou ainda que possuía um “crédito” da empreiteira Schahin Engenharia, empresa que atua nas áreas de petróleo e gás, mas que estava encontrando dificuldades em receber o dinheiro, segundo ele, relativo ao empreendimento de reforma e ampliação do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro, complexo de laboratórios na Ilha do Fundão.

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Por fim, os advogados de Duque também pedem cópia dos áudios da delação premiada realizadas pelos executivos Julio Gerin de Almeida Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça, do grupo Toyo Setal.