Confusão no voo

Advogado nega que tenha agredido senadora em Curitiba

Foto: Agência Senado

O homem que se envolveu em uma confusão com a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), num voo de Brasília a Curitiba, negou ter agredido a parlamentar.

A informação é da coluna Caixa Zero, da Gazeta do Povo, assinada pelo jornalista Rogério Galindo. Em entrevista à coluna, o advogado Paulo Demchuk admitiu ter hostilizado a parlamentar e tomado o celular, mas negou tê-la agredido.

A advogado e a senadora estavam no mesmo voo da Latam da rota Brasília a Curitiba. Os dois haviam participado da sessão do impeachment, que cassou o mandato de Dilma Rousseff.

As senadora Vanessa, ferrenha defensora da ex-presidente, votou contra o impeachment. Demchuk, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), defendeu a cassação.

Passageiros dizem que ele hostilizou a senadora, que passou a filmá-lo com o celular. Quando percebeu que estava sendo filmado, Demchuk tenta tomar o celular de Vanessa – depois a imagem some.

“Eu estava falando dos senadores em geral. Disse que nenhum deles vale um tostão furado e que a culpa de tudo que está acontecendo no Brasil é dos políticos”, afirmou Demchuk ao blog, por telefone. O advogado, porém, nega que tenha falado especificamente sobre Grazziotin.

Alguns relatos apontam que o advogado ao tentar tomar o telefone da senadora, teria puxado os cabelos dela. A senadora disse à Polícia Federal que tinha batido a cabeça no braço da poltrona. “Não foi tocado num único fio de cabelo dela. Ela é muito branca, daquelas que se você encosta fica vermelho. Ela tentou convencer o policial de que houve agressão, mas não tinha uma manchinha”, defendeu-se o advogado.

A confusão bagunçou o voo. A Latam confirma que o passageiro foi tirado do avião pela Polícia Federal por “mau comportamento”. Demchuck diz que só estava exercendo seu direito de livre expressão e que não vê problema em hostilizar os políticos. Só se arrepende, diz, de ter tentado tomar o celular da senadora. “Errei.  Pensando agora, não faria mais isso”, afirmou.

A senadora Vanessa não quis prestar queixa à PF, mas ainda poderá fazê-lo se desejar.