Os advogados Verônica Sterman e Rodrigo Mudrovitsch, responsáveis pela defesa de Paulo Bernardo, sustentam que os atos que levaram à contratação da Consist para gerir a margem consignada de servidores não passaram pelo crivo do então ministro do Planejamento. Em nota divulgada nesta quinta-feira, 23, eles afirmaram que a pasta “se limitou a fazer um acordo de cooperação técnica com associações de entidades bancárias”, “não havendo qualquer tipo de contrato público, tampouco dispêndios por parte do órgão público federal”.

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“Dentro do Ministério do Planejamento, a responsabilidade pelo acordo de cooperação técnica era da Secretaria de Recursos Humanos e, por não envolver gastos, a questão nem sequer passou pelo aval do ministro”, afirmaram os advogados.

Os defensores alegaram que o inquérito sobre o caso, instaurado há quase um ano, “não contou com qualquer diligência, mesmo tendo o ex-ministro se colocado à disposição por diversas vezes tanto em juízo como no Ministério Público e na Polícia Federal”.

“A defesa não teve acesso à decisão ainda, mas adianta que a prisão é ilegal, pois não preenche os requisitos autorizadores e, assim que conhecermos os fundamentos do decreto prisional, tomaremos as medidas cabíveis”, acrescentaram.

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