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ACM Neto diz que participação do DEM na base está desvinculada ao apoio a Maia

No plenário da Câmara dos Deputados, pouco depois da posse do presidente Jair Bolsonaro, o presidente do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto, disse nesta terça-feira, 1º, que a eventual participação do partido na base do governo está desvinculada a um apoio da sigla à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Casa.

“Uma coisa não está ligada à outra. Rodrigo não é um candidato do Democratas, é um candidato de diversos partidos da Câmara dos Deputados”, disse ACM Neto, que também é prefeito de Salvador.

Segundo contou, o DEM deve fazer uma reunião em fevereiro para deliberar se integra ou não a base do governo. A adesão não foi automática, a despeito de ser o partido ter o comando de três Pastas importantes na Esplanada: Casa Civil, com Onyx Lorenzoni (RS); Saúde, com Luiz Henrique Mandetta (MS); e Agricultura, com Tereza Cristina (MS).

“O partido provavelmente vai se reunir em fevereiro para deliberar uma posição formal. Mas, independente de qualquer coisa, a gente sabe que tem uma agenda do país que não pode esperar e que conta com o nosso apoio. Até lá a gente tem tempo para ver quais são as prioridades do governo e a partir daí estabelecer uma posição formal de ingresso na base”, afirmou o presidente do DEM.

Na avaliação dele, Bolsonaro tem sido “fiel à sua palavra”, de não se envolver na disputa e lembrou que, quando isso aconteceu em outras eleições na Casa, com Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Severino Cavalcanti (PP-PE), não deu certo. Os dois deixaram a presidência após escândalos de corrupção – o primeiro foi cassado e preso, enquanto o segundo renunciou apenas.

A respeito do que chamou de “agenda do País”, ACM Neto ressaltou que tanto o partido quanto Maia consideram essenciais a agenda das reformas, que o próprio Bolsonaro tem defendido também. “Prioridade número um”. A reforma da Previdência, afirmou, tem que ser votada neste ano ainda.

Uma das críticas de deputados do PSL a Maia é que ele não encampa a chamada pauta conservadora (Escola Sem Partido, desarmamento, etc), como outros candidatos, como João Campos (PRB-GO) e Capitão Augusto (PR-SP). Para o presidente do DEM, essas questões não são de partido, mas têm que partir da “posição de cada parlamentar”.

Na próxima legislatura, o PSL será a segunda maior bancada, com 52 deputados federais. O DEM, de Maia, tem saiu de 42 parlamentares neste ano para 29 no ano que vem.

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