15% dos deputados eleitos respondem a processo criminal

A cada sete deputados federais eleitos, pelo menos um responde a algum tipo de processo ou investigação criminal. A constatação foi feita por um levantamento do portal de notícias G1, da Rede Globo. Segundo o portal, 15% dos deputados, que tomam posse nesta quinta-feira (1.º), têm a imagem abalada por acusações que vão desde infrações contra a administração pública, até tentativa de homicídio.

Ainda segundo o G1, dos 74 parlamentares eleitos que atualmente respondem à Justiça, seis são paranaenses: Abelardo Lupion (PFL), Alceni Guerra (PFL), Dilceu Sperafico (PP), Fernando Lúcio Giacobo (PL), Odílio Balbinoti (PMDB) e Ricardo Barros (PP).

Acusados reagem com naturalidade

Roger Pereira

Foto: Agência Câmara
Barros: oportunismo.

Os deputados paranaenses citados pela reportagem do portal reagiram com naturalidade à divulgação do levantamento, procurando explicar sua situação.

?Isso faz parte. Encaro como um oportunismo esse tipo de divulgação na véspera da posse. Mas a reportagem é legítima?, comentou Ricardo Barros, lembrando que seu processo está suspenso. ?Trata-se apenas de renegociação de dívida de imposto, o Refis. Quando eu terminar de pagar, o processo será encerrado?, destacou.

Abelardo Lupion lembrou que o STF é o foro para onde são encaminhados todos os processos contra deputados. ?A Justiça existe para esclarecermos as dúvidas. Meu processo está lá e estou me defendendo. Já ganhei uma das ações e logo ganharei a outra?, respondeu.

Dilceu Sperafico ressaltou que não há nenhum processo contra ele. Que a investigação apontada pelo G1 é uma denúncia de 12 anos contra uma empresa de seus irmãos. ?Nem sócio da empresa eu sou. Isso não tem nada a ver com minha vida política. São denúncias vazias de adversários políticos?, comentou.

Através de sua assessoria, Odílio Balbinoti informou que não tinha ciência de seu processo, que seus assessores jurídicos já haviam sido acionados.

Alceni Guerra e Giacobo não foram encontrados pela reportagem de O Estado, por estarem em trânsito para Brasília, onde tomam posse hoje. Ao site G1, Guerra disse estar sendo processado injustamente, alegando que quando soube da ilegalidade na licitação em Pato Branco tentou suspender a licitação, mas foi impedido por força de uma liminar concedida à empresa concorrente.

Giacobo também se justificou ao portal. Disse que a ação sobre cárcere privado já teve sentença e que ele foi julgado inocente. Quanto à outra acusação, ele argumentou que não se trata de sonegação de impostos, mas de não recolhimento de PIS e Cofins sobre as transações de veículos de sua empresa. ?Esse processo está sobrestado (parado). Não recolhi os impostos, mas declarei que devia?, disse ao G1.

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