Policiais federais querem novo modelo de gestão

Os peritos criminais federais solicitaram hoje ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, um novo modelo de gestão para a Polícia Federal, que privilegie a produção de provas e não de inquéritos. O pedido foi levado ao ministro pelo presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Roosevelt Leadebal, que expôs a falta de condições de trabalho que os peritos enfrentam atualmente.

Hoje, a Polícia Federal dispõe de 340 peritos para atender a todos os tipos de crimes e uma demanda reprimida de sete mil pedidos de laudos acumulados ao longo dos últimos anos. Leadebal estima que serão necessários mais mil peritos para dar conta do serviço. “Existem crimes que vão prescrever e que ainda não existe um laudo a respeito”, revela. O presidente da APCF disse que a necessidade de tantos documentos torna o trabalho improdutivo.

A necessidade, segundo Leadebal, é de um especialista em provas para que o andamento dos processos seja acelerado. “O perito responde civil e criminalmente pelo laudo, por que, então, ele não pode investigar ou ouvir testemunhas?”, questiona. Leadebal reivindicou também a descrição das atividades do perito criminal no capítulo da Constituição que trata da segurança pública. Ele pediu que o ministro retome as discussões sobre a Lei Orgânica da Polícia Federal, “porque ela reestrutura toda a carreira policial e moderniza a instituição”.

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