A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) vai começar hoje uma operação padrão em todos os aeroportos do País, revistando bagagens e identificando todos os passageiros estrangeiros. A medida faz parte de uma nova tática adotada pelos agentes federais, em greve há uma semana. Além disso, no mesmo dia, todos os policiais deverão paralisar suas atividades e os 30% de manutenção dos serviços essenciais deverão ser cumpridos por delegados e peritos.

Nesta segunda-feira, os grevistas fizeram uma manifestação em frente ao Ministério da Justiça, em Brasília, onde cortaram um bolo de banana de dois metros, simbolizando o aniversário da lei que instituiu o nível superior para os agentes, peritos e papiloscopistas federais. Cerca de 800 pessoas, segundo cálculo da Polícia Militar, estiveram presentes no ato.

O governo, segundo a Fenapef, continua irredutível diante da reivindicação da categoria, que quer equiparação salarial de nível superior. Para pressionar, os grevistas ameaçam começar a paralisar portos e aeroportos brasileiros, uma medida considerada radical pelo Executivo. O Ministério da Justiça afirma estar disposto a retomar as negociações, desde que haja fim da greve, mas alega que não há recursos para pagar R$ 600 milhões que seria o custo da elevação salarial.

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