Policiais do Paraná vão estudar experiências bem-sucedidas de outros países

O governador Roberto Requião anunciou nesta segunda-feira (23) – durante reunião da Operação Mãos Limpas – que o Paraná vai realizar um seminário em que será apresentado um estudo feito pelo Itamaraty dos casos de Segurança Pública que tiveram êxito em vários países. O objetivo é aplicar no Estado as soluções policiais que deram certo no mundo a partir de resultados identificados pelas embaixadas e consulados.

As informações se destinam a policiais civis, militares, policiais federais, integrantes do Ministério Público e acadêmicos de Direito. O encontro será realizado na próxima segunda-feira (30), no auditório da Emater, no Centro de Agroecologia, localizado no Parque Newton Freire Maia, em Pinhais. O seminário também será estendido aos policiais da região de Londrina.

Comunitário

O chefe da Casa Militar, major Anselmo de Oliveira, explicou que os casos apresentados pelo Itamaraty mostram que as polícias com melhor desempenho no mundo se organizam de forma comunitária. ?Com esse estudo, esperamos aperfeiçoar o sistema policial do Estado e o projeto comunitário já existente no Paraná, que é o Projeto Povo?, disse o major.

Os estudos serão apresentados por seis duplas de oficiais da Polícia Militar e delegados da Polícia Civil, que vão iniciar um debate sobre o que é possível aproveitar no Brasil e no Paraná das experiências analisadas.

Separação

Durante a reunião desta segunda-feira, o governador Requião também decidiu que detentos devem ser separados por idade. Nas penitenciárias, a recomendação é que jovens de 18 a 25 anos não convivam com os de idade superior. A preocupação é evitar o contato dos jovens com presos mais experientes.

O secretário da Justiça, Aldo Parzianello, disse que a separação poderá ser feita em galerias. ?O sistema de construção das novas penitenciárias é flexível e permite a separação total de presos, que pode ser feita por idade, sem que tenham de ser feitas novas obras?, disse.

Para execução do trabalho, a Secretaria da Justiça vai acionar equipes de psicólogos, pedagogos e sociólogos, que farão um estudo das individualidades, que corresponde à análise técnica dos delitos de cada um deles.

Parzianello explicou que será levada em consideração a idade, grau de responsabilidade no delito praticado e maturidade do preso. ?A intenção é evitar o contato com presos mais antigos, situação que, muitas vezes, é prejudicial na recuperação, principalmente dos mais jovens?, justificou. A separação, acredita, vai facilitar o trabalho de reinserção dos jovens detentos na sociedade.

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