São Paulo, 7 (AE) – A polícia vai pedir à Justiça o bloqueio dos bens de Renato Faria Lopes, o Zóio, 25 anos, preso na quinta-feira sob a acusação de ter planejado o seqüestro da estudante Beatrice Bacch, 12 anos, filha do empresário Albino Bacchi Júnior. A Divisão Anti-Seqüestro (DAS) acredita que o criminoso tenha comprado carros e imóveis com o resgate de US$ 150 mil pago pela família da menina em 10 de junho. A DAS também identificou pelo menos mais dois homens suspeitos de envolvimento no seqüestro. Apontado como mentor do crime, Lopes é investigado em outros quatro casos. Um deles é o do comerciante Marcelo Yazbeck, 42 anos, que foi libertado em agosto de 2003 após permanecer 69 dias em cativeiro.

Embora Lopes afirme que um homem conhecido como Andrezinho seja o líder do bando, a polícia suspeita que ele próprio tenha comandado toda ação. Beatrice foi seqüestrada às 18 horas do dia 28 de maio, na porta do condomínio onde mora com a família, na esquina da Rua Peixoto Gomide com Alameda Franca, nos Jardins. Ela voltava a pé do Colégio Dante Alighieri, a menos de 200 metros da residência. Ela só foi libertada na madrugada de ontem.

Na primeira noite em liberdade, Beatrice não dormiu em seu quarto. As flores enviadas por amigos foram entregues aos empregados da casa, os únicos que continuam na cobertura. A informação da portaria é de que todos viajaram. O empresário Albino Bacchi contou a amigos que está de mudança para Miami, nos Estados Unidos.

Os corpos dos dois homens mortos pela polícia durante o estouro do cativeiro em que a estudante ficou refém por 70 dias foram identificados como sendo de Samuel Godinho Soares, 22 anos e Emerson Aparecido, 19. Foram enterrados hoje no Cemitério Municipal de Juquitiba.
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