Polícia prende estelionatários em Curitiba

Policiais do 4.º Distrito Policial (São Lourenço) prenderam um casal acusado de estelionato, na última sexta-feira (30), no bairro Orleans, em Curitiba. Valmir Gomes da Silva, 40 anos, e Simone Nhepes, 28, usavam identidades falsificadas e talões de cheques para fazer compras, principalmente de eletrodomésticos, em nome de outras pessoas. A polícia encontrou vários documentos de identidades e talões de cheques com os dois. De acordo com o delegado adjunto do 4.º DP, Rogério de Castro, há suspeita que eles tenham gasto cerca de R$ 15 mil.

No início da semana passada, a polícia iniciou a investigação com base em informações de uma denúncia anônima que alertava os policiais sobre o golpe. Na manhã da última sexta-feira (30), a polícia foi até a residência de Valmir e Simone e os prendeu em flagrante por estelionato, falsificação de documento público e formação de quadrilha. ?Nós acreditamos que eles façam parte de uma quadrilha que, no mínimo, tenha mais quatro integrantes?, ressaltou o delegado.

O casal disse à polícia que recebia as identidades de um homem, que ainda será identificado. Segundo a polícia, Valmir e Simone modificavam as identidades com cédulas de identidades verdadeiras, iam até uma agência bancária e abriam uma conta. A partir de então, os dois retiravam talões de cheques. A polícia ainda não sabe a origem das cédulas de identidades. ?Eles rasgavam a face da frente do documento, onde está a foto, e utilizavam cédulas de identidades verdadeiras, com a assinatura em branco e sem foto?, explica. De acordo com o delegado, eles colocavam as fotos deles nas identidades e não imitavam as assinaturas.

Segundo o delegado, os dois aplicavam o golpe há 20 dias. ?Os bancos ainda não perceberam que abriram contas para essas pessoas?, afirmou Castro. Os cheques ainda não devem ter sido descontados, já que todas as compras foram feitas a prazo, segundo o delegado.

O fato que intrigou a polícia é que não há registro de boletins de ocorrências de furtos ou roubos no nome das supostas vítimas dos documentos encontrados com o casal. A polícia informou que este fato é indício de que algumas pessoas possam estar autorizando o casal a aplicar o golpe. Os dois estão no 4.º DP e podem pegar de 4 a 14 anos de prisão.

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