Polícia Federal quer a prisão preventiva dos 25 detidos na ‘Furacão’

A Polícia Federal pretende pedir que sejam convertidas em preventivas as prisões temporárias dos 25 detidos na Operação Hurricane (Furacão). Se o ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatar a solicitação, os suspeitos poderão ficar mais tempo na cadeia. Na sexta-feira, o grupo foi preso temporariamente, por cinco dias. Anteontem, Peluso renovou a detenção por mais cinco dias. A preventiva tem o objetivo de garantir a normalidade da instrução de todo o processo criminal e exige a comprovação fundamentada do envolvimento dos suspeitos na prática de crimes. A PF considera já ter reunido elementos suficientes.

Em tese, a prisão preventiva pode se estender até o julgamento em primeira instância. Advogados consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo observaram que, para evitar que ela se prolongue indefinidamente, a jurisprudência tem determinado que a denúncia contra o acusado seja apresentada rapidamente e, daí até o julgamento, se transcorram até 81 dias. Mas, na prática, é freqüente que os advogados consigam habeas-corpus libertando os clientes antes desses prazos.

Os delegados que trabalham no caso também já estão municiando o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, com documentos e relatórios para subsidiar a apresentação de uma futura denúncia. Mas a avaliação é que serão necessários pelo menos mais dez dias para concluir a análise dos documentos apreendidos. Souza ressaltou ontem que a Operação Hurricane investiga muitas pessoas, incluindo algumas que não tiveram a identidade revelada. ?É um complexo de fatos muito grande.? O procurador ainda ressaltou que o sigilo, nos oito meses necessários para preparação da Hurricane, foram fundamentais para o sucesso da operação.

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