Polícia Federal desarticula quadrilha que fraudava concursos públicos

A Polícia Federal prendeu na terça-feira um servidor público suspeito de participar de uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos estaduais e federais. A base do grupo ficava em Fortaleza, no Ceará, mas os criminosos também agiam no Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão. Ele foi preso por agentes que participavam da Operação Gabarito, que teve início no domingo e já havia detido sete pessoas.

Dois homens foram encontrados dentro de uma casa que funcionava como escritório da quadrilha. Cinco pessoas, entre elas um soldado da Polícia Militar, foram presas enquanto faziam provas de um concurso do Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes do Ceará. De acordo com a PF, os detidos eram favorecidos pelo grupo, que fornecia respostas das questões pelo celular.

O bando começou a ser monitorado em 2004, quando a Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários descobriu a cooptação de professores, estudantes universitários e alunos de cursos preparatórios para concursos. As irregularidades eram comandadas por um "piloto", que era preparado e inscrito para os concursos. Durante os exames, ele passava o gabarito em códigos por meio do celular. Se o candidato fosse aprovado, ele teria que repassar à quadrilha cerca de sete vezes o valor do primeiro salário como forma de pagamento.

Os acusados de planejar o esquema fraudulento foram indiciados pelos crimes de formação de quadrilha e falsidade ideológica. Se condenados, poderão pegar pena de até oito anos de reclusão. Já os favorecidos pela ação do grupo vão responder pelo crime de falsidade ideológica, cuja punição é de um a cinco anos de prisão.

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