Polícia detém 17 pessoas e apreende crack em Curitiba

Dezessete integrantes do maior esquema de distribuição de crack de Curitiba foram presos por policiais da Divisão de Narcóticos (Dinarc) da Polícia Civil do Paraná, na operação batizada como “Dissimulação”. Dentre eles estão traficantes, usuários de entorpecentes e “olheiros”, que são os vigilantes responsáveis por avisar os traficantes da chegada da polícia. Eles agiam no Centro de Curitiba, principal ponto de venda da droga.

Na mesma operação, a polícia também apreendeu cerca de três mil pedras de crack, o que, de acordo com o câmbio do tráfico, equivaleria a R$ 30 mil. “Essa é mais uma operação brilhante da Divisão de Narcóticos de Curitiba que reflete o investimento do estado na polícia investigativa. É assim que estamos transformando a polícia investigativa do Paraná na melhor do Brasil”, disse o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

As investigações foram feitas durante três semanas baseadas em denúncias de comerciantes e pessoas que circulam com freqüência no Centro de Curitiba. Segundo o delegado Alfredo Dib Júnior, da Delegacia de Antitóxicos, para conseguir chegar aos traficantes, foi montado um esquema tático para distrair e enganar os criminosos. O primeiro passo foi perceber os detalhes da rotina dos criminosos. “No Centro da cidade, com tantas pessoas com atitudes parecidas, fica difícil identificar quem são os traficantes. Precisamos observá-las durante várias horas para entendermos o mecanismo do comércio de drogas”, disse Dib. Foi por isso que os policiais filmaram a ação de traficantes de cima dos telhados de prédios da região central da cidade.

Identificação

Depois de filmá-los à distância, policiais disfarçados foram às ruas equipados com câmeras escondidas para identificar com fidelidade os criminosos. Depois disso, o delegado montou operações sincronizadas com o Grupo Fera e com policiais da Delegacia de Antitóxicos. Enquanto uma equipe chamava a atenção dos “olheiros” do tráfico com a abordagem de pessoas no Centro de Curitiba, outra equipe se infiltrava em pontos de venda de drogas para prender os traficantes desavisados.

Segundo Alfredo Dib, com estas prisões a polícia consegue coibir o trabalho dos chamados traficantes “vapores”. São eles que fazem o trabalho final na cadeia de distribuição da droga, já que vendem os entorpecentes para usuários. “Esses são os traficantes mais difíceis de se prender porque andam com pequenas quantidades de drogas na boca e engolem o tóxico quando percebem a aproximação da polícia. Mas, como tudo foi filmado, não tinha como escapar”, explicou Dib.

PM

Paralelo ao trabalho da Dinarc, a Polícia Militar também mantém operações para coibir o tráfico de drogas. Desde que o programa Paraná contra o Crime ? Polícia na Rua começou, há três semanas, 44 pessoas foram presas apenas na região central da cidade. Para denunciar o tráfico em qualquer região do Paraná ligue para o número 181. Não é preciso se identificar.

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