Polícia descobre esquema de receptação de fios de cobre

O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) fechou, nesta segunda-feira (02), uma das maiores empresas do país receptadora de fios de cobre e cabos telefônicos furtados ou roubados, na cidade de Santo André, em São Paulo. O dono da empresa Madial Comércio de Metais Ltda., José Alcino do Canto, 57 anos, e mais cinco funcionários foram detidos e encaminhados para o Setor de Investigações Gerais da Polícia Civil daquela cidade. A polícia encontrou, na empresa, cerca de 20 toneladas de fios, no valor de, aproximadamente, R$ 1 milhão. O filho de José Alcino, Marcelo Antonio do Canto, 31 anos, está sendo procurado.

Além dos fios e cabos, foram encontradas notas de empresas que não funcionam mais. A polícia suspeita que essas notas serviam para tentar regularizar a venda e compra dos fios. Segundo o delegado-chefe do Cope, Marcus Vinicius Michelotto, José Canto tinha ligação com uma quadrilha que roubava fios em Curitiba e foi descoberta no último dia 8. ?Hoje, nós encontramos segundas vias de notas fiscais de compras da empresa. Há quase um mês, encontramos as primeiras vias destas mesmas notas com a quadrilha que roubava cabos e fios em Curitiba?, afirmou o delegado. Depois da primeira prisão, o Cope começou a investigar o destino dos fios.

Ainda de acordo com Michelloto, depois de estabelecer a ligação entre a empresa paulista e os ladrões de fios e cabos, o Cope pediu mandado de busca e apreensão, em Curitiba. Com o auxilio da Polícia Civil de Santo André e de São Paulo, o Cope chegou à empresa Madial e descobriu que o esquema de venda dos fios era intermediado por Nivaldo Lattare, 50 anos, que continua sendo procurado. Lattare seria o contato de José Canto com os ladrões de fios.

A polícia suspeita que o mesmo esquema é utilizado também em outros Estados. A Polícia Civil de São Paulo continua a investigar possíveis casos semelhantes em outras cidades. Em novembro do ano passado, o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, determinou que o Cope passasse a investigar os crimes relativos ao furto e roubo de energia elétrica e materiais e componentes do sistema de transmissão de energia.

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