Polícia apreende cinco mil vidros de palmito irregular

A Delegacia do Meio Ambiente descobriu, na manhã desta sexta-feira, uma fábrica clandestina de palmito no bairro Centenário, em Curitiba. No local foram encontrados cinco mil vidros de palmito irregular, dez mil caixas de papelão para embalagem e 100 mil rótulos falsificados para o produto. Os proprietários, Orivan Monteiro, 43 anos, e Julio César Gonçalves de Oliveira, 28, e mais quatro funcionários foram presos em flagrante.

O delegado Wilceomar Voltaire, responsável pela operação, acredita que os donos da fábrica encomendassem o palmito de pequenos produtores do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Esta última carga teria vindo de Registro (SP). De acordo com Voltaire, em Curitiba, os vidros eram rotulados, embalados e vendidos. “Encontramos até rótulos falsificados de empresas estabelecidas no mercado. Já sabemos de uma gráfica que fazia os adesivos para eles e vamos intimá-los a prestar depoimento na delegacia para esclarecer o caso”, conta o delegado.

Segundo ele, esta mercadoria seria repassada a distribuidores e padarias da cidade. “Para os mercados, que exigem regularidade na comercialização, eles emitiam notas fiscais falsificadas. Os pequenos empresários compravam o produto sem nota, o que evidencia que praticamente todos os clientes da fábrica clandestina sabiam que estavam comprando palmito irregular”, conclui o delegado.

A fábrica funcionava há cinco meses no local. “O tempo que eles ficam no mesmo endereço é curto, porque é arriscado ficar em um só lugar por muito tempo”, explica Voltaire. Segundo ele, esta é a quarta grande apreensão de palmito feita em Curitiba e região metropolitana apenas neste ano. “Nossa linha de investigação tem se concentrado em pegar estes grandes distribuidores. Temos ido a mercados, padarias e possíveis compradores do produto e perguntamos a procedência. Numa conversa ou outra acabamos descobrindo de onde o palmito vem”, explica Voltaire.

Infrações

Além do crime ambiental de comercializar, distribuir e transportar clandestinamente o palmito, os proprietários serão autuados por crimes fiscais, por terem falsificado embalagens e rótulos do produto. Além disso, o alimento pode fazer mal à saúde, pois seria fabricado sem qualquer controle da vigilância sanitária.

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