A ameaça de seqüestro de autoridades feitas pelo preso Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, nos corredores do Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes na sexta-feira passada, é vista pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil Paulista apenas como um desabafo e não uma ordem para ser cumprida pelos integrantes da organização

continua após a publicidade

Carambola alardeou as ameaças aos berros logo depois de saber, por intermédio de um advogado, que policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) revistaram a casa de sua mulher, Jaqueline Maria do Amaral Moraes

Na diligência, policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) apreenderam extratos de depósito bancário que revelam que Jaqueline recebe uma mesada de origem ignorada em torno de R$ 15 mil mensais, cadernos de anotações e correspondências amorosas entre o casal.

?Ele não gostou da notícia e teve uma crise histérica. Começou a gritar que a paz tinha acabado e que o braço armado da facção voltará a agir. Também disse que autoridades serão seqüestradas com objetivo de se negociar o fim da opressão no sistema carcerário?, disse um agente do presídio

continua após a publicidade

Policiais e promotores que investigam as ações da facção, no entanto, não acreditam que as ameaças tenham ultrapassado as muralhas do presídio. Os policiais do serviço de inteligência estão atentos nas interceptações e nada captaram nesse sentido.