Na avaliação do PMDB, o fim da paralisia na Câmara significa abrir espaço para a votação da emenda constitucional da reeleição. Hoje de manhã, o deputado João Paulo Cunha procurou José Sarney para pedir seu empenho pessoal junto às bancadas do PFL e do PMDB, na tentativa de desobstruir a pauta, trancada por 15 medidas provisórias. O PPS comunicara a João Paulo a decisão de obstruir os trabalhos da Câmara, assumindo a mesma posição do PSDB e do PFL. “Se o governo conseguir votar na Câmara a emenda permitindo a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado, estará configurada a crise, e o conflito vai implodir o Senado”, disse um senador do PMDB que participou do almoço.
A decisão da cúpula do PMDB de obstruir os trabalhos da Câmara caiu como uma bomba no Palácio do Planalto, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou seus articuladores políticos a buscarem um acordo para possibilitar a reeleição de João Paulo e Sarney . No entanto, até o momento os estrategistas do Planalto não têm a fórmula ideal que resulte em entendimento com o senador Renan Calheiros. O líder do PMDB continua intransigente na posição contrária à emenda da reeleição e tem o apoio do comando partidário.
Além do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), participaram do almoço o ministro da Previdência, Amir Lando, o deputado José Borba e outros integrantes das bancadas da Câmara e do Senado.
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